- Tatoo?
De que? – perguntei.
- Vai ser essa flor. – ela me mostrou um desenho impresso e começou a me explicar onde ela faria a tatoo – Quer vir comigo? – ela perguntou me implorando, pois não queria ir sozinha.
- Tudo bem eu vou. – eu disse.
Quando começamos a trabalhar eu me levantei para buscar umas coisas no armário, e quando fui voltar para a mesa passei pelo espelho e levei um susto.
- Nossa. – disse.
- O que? – Ashley perguntou focada em seu desenho.
- Eu preciso emagrecer. Engordei muito nessa viagem. – disse puxando minha blusa pra trás para eu ver melhor o tamanho da barriga – Ou melhor, suspender todas as refeições. – brinquei.
- Vai ser essa flor. – ela me mostrou um desenho impresso e começou a me explicar onde ela faria a tatoo – Quer vir comigo? – ela perguntou me implorando, pois não queria ir sozinha.
- Tudo bem eu vou. – eu disse.
Quando começamos a trabalhar eu me levantei para buscar umas coisas no armário, e quando fui voltar para a mesa passei pelo espelho e levei um susto.
- Nossa. – disse.
- O que? – Ashley perguntou focada em seu desenho.
- Eu preciso emagrecer. Engordei muito nessa viagem. – disse puxando minha blusa pra trás para eu ver melhor o tamanho da barriga – Ou melhor, suspender todas as refeições. – brinquei.
(Justin
narrando)
Outro dia cansativo no trabalho. E hoje eu tive que trabalhar o dobro para cobrir a semana e mais os dias depois do acidente. Ah, e hoje eu tirei o curativo e meu pulso já estava cicatrizado, apenas vermelho. Cheguei em casa, joguei as coisas em minha mesa e gritei pela Brooke. Não a vi na cozinha, nem no nosso quarto, nem no banheiro, nem no quarto de hóspedes. Quando fui voltando eu reparei que a porta do suposto quarto do bebê estava encostada.
Eu empurrei a porta e encontrei Brooke sentada no chão ao centro do quarto. Sua cabeça estava baixa e ela parecia chorar. Eu me aproximei, me ajoelhei ao seu lado e a chamei com a voz calma:
- Brooke. Meu amor, aconteceu alguma coisa? – perguntei pousando minha mão sobre suas costas antes de ela se virar e deixar eu ver seu rosto vermelho de choro – Brooke... – falei com a voz triste.
Ela me abraçou. Eu deixei ela se acalmar por um momento para depois conversar com ela. Quando senti suas lágrimas se afastarem, perguntei:
- O que aconteceu?
- Justin...eu fui no médico hoje. – ela começou – E...ela disse pra mim que...eu poderia ter problemas com gravidez.
- Como assim? – perguntei curioso.
- Tipo...se tivermos um filho...eu...depois do parto eu...eu posso morrer. – ela jogou a bomba em mim.
Parei por um momento engolindo a informação. Imaginar Brooke morrendo me deu calafrios.
- Mas...fica calma...podemos adotar.
- Adotar? – ela pareceu pasma.
- Sim. Ou você prefere morrer? – fui meio insensível.
- Não Justin. – ela se levantou do chão em um salto.
- Brooke...você não vai ter essa criança. – eu disse sem pesar minhas palavras ou o modo como eu as pronunciava – Eu não vou deixar você morrer. – disse com um tom mais alto.
- Justin, como pode dizer uma coisa dessas? – ela chorava mais – Eu vou...
- Não, você não vai. – gritei mais alto.
Ela saiu de lá correndo e eu a segui até nosso quarto. Ela se atirou na cama e ao invés de ficar quieto ou ser mais amigável, resolvi gritar mais:
- Você decide: ou nós adotamos ou nós criamos animais dentro dessa casa. Eu só sei que me recuso a deixar você ter esse filho.
Ela começou a chorar mais e aquilo pesou em minhas costas. Eu me aproximei, sentei ao seu lado na cama e mais calmo comecei a falar com ela:
- Você não imagina o quanto você é importante pra mim. O quanto sua ausência nesse mundo me faria falta. Ter de chegar após o trabalho em casa e não encontrá-la aqui. Acordar e não ter você ao meu lado. Ter de enterrar seu corpo e perder a sua alma. Seria demais pra mim... – passei a mão em seu rosto e senti uma lágrima escorrer pelo meu – Você é a coisa mais importante pra mim. Eu estava a ponto de deixar de respirar por você e agora terei de suportar que você pare de respirar por outra vida que ainda nem existe?! Vale mesmo a pena fazer isso comigo? Essa vai ser sua prova de amor? Deixar sua vida por alguém sem ao menos se importar com o que isso me causaria? Pode lhe parece um pouco de egoísmo, mas eu quero que saiba que, não importa o que você me peça ou implore...eu me mataria logo depois de você. E dessa vez...o faria direito.
Mais lágrimas saíram de seus olhos e ela parecia chateada com o que eu havia dito. Eu não entendia o porque, até que ela disse:
- Justin, eu to grávida.
Aquela notícia fez com que eu me levantasse em um salto e andasse para trás devagar. Ela me olhava assustada e ainda chorando. Outra lágrima caiu de meu olho e eu comecei a olhar para sua barriga. Como não percebi? Ela havia engordado. Eu saí do quarto e corri para fora do apartamento. Sem rumo. Sem destino.
Outro dia cansativo no trabalho. E hoje eu tive que trabalhar o dobro para cobrir a semana e mais os dias depois do acidente. Ah, e hoje eu tirei o curativo e meu pulso já estava cicatrizado, apenas vermelho. Cheguei em casa, joguei as coisas em minha mesa e gritei pela Brooke. Não a vi na cozinha, nem no nosso quarto, nem no banheiro, nem no quarto de hóspedes. Quando fui voltando eu reparei que a porta do suposto quarto do bebê estava encostada.
Eu empurrei a porta e encontrei Brooke sentada no chão ao centro do quarto. Sua cabeça estava baixa e ela parecia chorar. Eu me aproximei, me ajoelhei ao seu lado e a chamei com a voz calma:
- Brooke. Meu amor, aconteceu alguma coisa? – perguntei pousando minha mão sobre suas costas antes de ela se virar e deixar eu ver seu rosto vermelho de choro – Brooke... – falei com a voz triste.
Ela me abraçou. Eu deixei ela se acalmar por um momento para depois conversar com ela. Quando senti suas lágrimas se afastarem, perguntei:
- O que aconteceu?
- Justin...eu fui no médico hoje. – ela começou – E...ela disse pra mim que...eu poderia ter problemas com gravidez.
- Como assim? – perguntei curioso.
- Tipo...se tivermos um filho...eu...depois do parto eu...eu posso morrer. – ela jogou a bomba em mim.
Parei por um momento engolindo a informação. Imaginar Brooke morrendo me deu calafrios.
- Mas...fica calma...podemos adotar.
- Adotar? – ela pareceu pasma.
- Sim. Ou você prefere morrer? – fui meio insensível.
- Não Justin. – ela se levantou do chão em um salto.
- Brooke...você não vai ter essa criança. – eu disse sem pesar minhas palavras ou o modo como eu as pronunciava – Eu não vou deixar você morrer. – disse com um tom mais alto.
- Justin, como pode dizer uma coisa dessas? – ela chorava mais – Eu vou...
- Não, você não vai. – gritei mais alto.
Ela saiu de lá correndo e eu a segui até nosso quarto. Ela se atirou na cama e ao invés de ficar quieto ou ser mais amigável, resolvi gritar mais:
- Você decide: ou nós adotamos ou nós criamos animais dentro dessa casa. Eu só sei que me recuso a deixar você ter esse filho.
Ela começou a chorar mais e aquilo pesou em minhas costas. Eu me aproximei, sentei ao seu lado na cama e mais calmo comecei a falar com ela:
- Você não imagina o quanto você é importante pra mim. O quanto sua ausência nesse mundo me faria falta. Ter de chegar após o trabalho em casa e não encontrá-la aqui. Acordar e não ter você ao meu lado. Ter de enterrar seu corpo e perder a sua alma. Seria demais pra mim... – passei a mão em seu rosto e senti uma lágrima escorrer pelo meu – Você é a coisa mais importante pra mim. Eu estava a ponto de deixar de respirar por você e agora terei de suportar que você pare de respirar por outra vida que ainda nem existe?! Vale mesmo a pena fazer isso comigo? Essa vai ser sua prova de amor? Deixar sua vida por alguém sem ao menos se importar com o que isso me causaria? Pode lhe parece um pouco de egoísmo, mas eu quero que saiba que, não importa o que você me peça ou implore...eu me mataria logo depois de você. E dessa vez...o faria direito.
Mais lágrimas saíram de seus olhos e ela parecia chateada com o que eu havia dito. Eu não entendia o porque, até que ela disse:
- Justin, eu to grávida.
Aquela notícia fez com que eu me levantasse em um salto e andasse para trás devagar. Ela me olhava assustada e ainda chorando. Outra lágrima caiu de meu olho e eu comecei a olhar para sua barriga. Como não percebi? Ela havia engordado. Eu saí do quarto e corri para fora do apartamento. Sem rumo. Sem destino.
(Brooke
narrando)
Ele saiu correndo e aquilo só fez com que eu chorasse mais. O que ele vai fazer? O que vai acontecer? Eu ouvi a porta de casa bater e junto com a porta meu coração bateu forte. Eu me levantei e voltei para o quarto do bebê. Me deitei no centro do quarto e me encolhi.
Ele saiu correndo e aquilo só fez com que eu chorasse mais. O que ele vai fazer? O que vai acontecer? Eu ouvi a porta de casa bater e junto com a porta meu coração bateu forte. Eu me levantei e voltei para o quarto do bebê. Me deitei no centro do quarto e me encolhi.
- Outra por favor. – pedi para o garçom me trazer outra cerveja.
Eu estava de óculos escuros pelo fato de estar com os olhos vermelhos pelo choro. Eu já havia tomado três garrafas e tomaria mais 20 se fosse preciso. Queria e precisava pensar que aquilo tudo foi um sonho. Não aconteceu. Ela estava só brincando comigo.
Continua...