Love me. Capítulo 25.

      Vi Justin ajoelhado no chão com a mão na barriga que era onde eu havia acertado. Eu me ajoelhei do lado dele.
      - Amor me desculpa. Eu pensei que tinha sido um babaca aí. Me desculpa. Vem aqui. – eu disse.
      Eu o abracei e ele se apoiou em mim para eu ajudá-lo a se levantar. Nós entramos no restaurante e eu ajudei Justin a se sentar. Eu me sentei e ele deu um gole em um copo de água que o garçom havia acabado de nos servir. Eu fiquei com tanta pena do meu baby. Eu fiz aquilo porque havia levado um susto e porque achava que era aquele idiota que estava dando em cima de mim. Ele olhou pra mim um pouco assustado e disse:
       - Tenho que tomar mais cuidado com você.
       - Sou ninja amor, você deve tomar cuidado mesmo.
       - Também sou ninja. I’m a purple ninja.
       - É... você é muito perigoso.
       - Você ainda não me conhece o suficiente baby. – ele sorriu e piscou.
       - Ahh, amor. Não faz isso. Eu derreto.
       - Faz o que?
       - Sorrir e piscar ao mesmo tempo.
       - Viu... sou perigoso. Fiz você se derreter. De novo. – ele sorriu e piscou de novo.
       Nós começamos a gargalhar. O garçom chegou e nós pedimos nossos pratos. Depois Jus deu outro gole em sua água e me perguntou:
       - Amor... quem era o “babaca”?
       - O que?
       - Você disse que só tinha me dado a cotovelada porque tinha se assustado e porque pensou que era um babaca. Que babaca?
       - Ahh... é que vindo pra cá um idiota deu em cima de mim.
       - O que? Quem foi?
       - Um cara aí.
       - Um cara aí? Cindy, você não devia nem ter dado trela pra esse cara.
       - Mas eu não dei.
       - Então como ele te canto? Claro que vocês conversaram.
       - Justin, escuta. Eu esbarrei nele, pedi desculpas, ele me chamo pra jantar, eu tentei recusar umas dez vezes e ele pediu umas dez vezes, depois eu disse que eu tinha namorado e que amava ele, e ele te chamo de Mané e eu chamei ele de babaca. Sabe por que? Porque ninguém pode falar mal de você, ninguém pode te chamar de Mané. Só eu, você é meu Mané. Mas a diferença é que eu te amo. Então pronto. Estou com fome, será que vai demorar?
       - Você me acha mané?
       - Acho. Meu gatinho mané.
       - Prefiro quando você me chama de amor.
       - Mas eu gosto de te provocar gatinho. Porque eu amo você. – eu fiz um coraçãozinho com as mãos e fiz biquinho.
       Ele sorriu e disse:
       - Quando te cantarem você passa reto. E quando você esbarrar em alguém você só se desculpa e nem olha pra pessoa. Promete?
       - Tá.
       - Promete?
       - Prometo.
       Depois de um tempo, nosso prato chegou. Nós jantamos e subimos para nosso quarto. Nós ligamos a TV e vimos um filme. Depois eu resolvi me trocar para dormir. Quando saí do banheiro de pijama, vi Jus que estava com um short e estava colocando a camiseta. Eu sorri pra ele e ele sorriu para mim. Ele se sentou na cama e eu me sentei no colo nele. Ele me abraçou e me deu um beijo na bochecha. O quarto estava silencioso. Eu me levantei e resolvi ir até a janela. Eu ainda não havia feito isso. Eu abri as cortinas e pela janela enorme que havia no quarto eu vi o cenário mais lindo do mundo. New York toda iluminada chamava minha atenção. Eu abri a janela e senti o vento em meu rosto. Justin veio até meu lado e disse:
      - É lindo né?!
      - É sim.
      - Queria morar aqui.
      - Também.
      Ele olhou para mim e sorriu me fazendo sorrir também. Ele pegou na minha mão e nós ficamos um tempo vendo aquela vista linda. Resolvemos nos deitar. Nos deitamos, mas cada um de um lado da cama. Aquela situação estava tragicamente tensa. Eu sussurrei:
      - Jus.
      - O que foi amor? – ele sussurrou de volta.
      - Me abraça?
      - Claro.
      Senti ele se mover devagar na cama se virando para mim. Ele colocou delicadamente a mão em minha cintura e foi a movendo para minhas costas. Ele me puxou para mais perto. Eu cheguei mais perto e quando estava bem a frente dele, ele me abraçou. Nossos rostos estavam frente a frente. Eu cheguei perto para beijá-lo, mas ele ficou no mesmo lugar. Eu esperei para ver se ele queria me beijar. Depois ele chegou rapidamente seu rosto pra frente e me beijou. Foi um beijo diferente. Profundo, rápido, mas também lento. Ele subiu as mãos nas minhas costas devagar e me puxou mais para perto. Ele foi indo mais devagar e deixou o beijo cada vez mais lento. Seus lábios largaram dos meus, mas eles continuavam sobre os meus. Com os lábios dele ainda sobre os meus ele sussurrou:
       - Eu te amo.
       - Eu te amo. – eu sussurrei de volta.
       Depois separamos nossos lábios e nos abraçamos mais forte. Dormimos. Eu acordei e aos poucos fui abrindo os olhos. Jus ainda dormia. Ainda estávamos abraçados da mesma maneira que estávamos ontem a noite. Ele era tão lindo dormindo. Eu tentei sair de seus braços, mas ele me abraçou mais. Eu me virei e consegui tirar os braços dele de mim. Quando eu estava indo sair da cama senti uma mão na minha cintura. Justin me puxou de volta e me deitou. Em cima de mim e sorrindo ele perguntou:
        - Aonde pensa que vai gatinha?
        - Banheiro. – eu disse o olhando assustada.
        - Haha. Não amor. Você vai me deixar sozinho?
        - Jus, você... – parei de falar quando o vi fazendo biquinho.
        Eu o puxei fazendo ele se deitar do meu lado. Ele me abraçou e disse:
        - Adorei essa noite. Dormir abraçadinho com você.
        - Também amei amor.
        - Se eu pudesse, passava minha vida inteira assim. Eu, você, New York, uma casa legal e o Sammy.
        - Haha. O Sammy?
        - É. Meu cachorro vem junto. Sem ele eu não vou. – ele disse rindo.
        - Mas amor... – eu comecei meio insegura.
        Continua...