domingo, 5 de junho de 2011

Love Me. Capítulo 28.

    - Talvez porque eu precise respirar.
    - Ah... tá doendo.
    - Desculpa. – dei um selinho nele.
    Ele sorriu. Eu peguei a bandeja na mesinha e coloquei no colo dele. Ele levantou as sobrancelhas.
    - Minha gatinha cozinha?
    - Experimenta. – eu o incentivei.
    Ele deu uma garfada na panqueca que eu havia feito. Ele comeu e começou a fazer umas caretas. Eu fiquei com a expressão decepcionada. Ele começou a rir da minha cara e me deu um beijo na bochecha.
    - Está uma delícia amor. Só falta casar. -  ele piscou.
    Eu fiquei o encarando. Ele piscou de novo. Eu apenas o encarei. Ele piscou umas dez vezes e depois disse:
     - Sentiu a indireta?
     - Você é muito cara de pau mesmo. Come logo o seu café da manhã antes que eu o tire de você.
     - Por que você faria isso?
     - Eu não faria, só quero que você coma logo.
     - Ok. Quer fazer alguma coisa hoje? Sair, ver um filme...
     - Hum... a gente já faz isso demais. Não tem outra coisa que a gente pode fazer?
     - Basquete, skate, compor músicas, vídeo games.. é isso que eu faço no meu tempo livre.
     - Shopping, sair com amigos e... shopping. É isso que eu faço.
     - Já não fez compras o suficiente em New York?
     - Esse lance de compras o suficiente não existi. Mas se você quiser fazer algum desses esportes... basquete, skate...
     - Você joga algum esporte?
     - Não. Mas posso tentar...
     - Pode ser basquete então?
     - Tá. Mas aonde vamos arranjar uma bola de basquete?
     - A minha já está bem usada, eu estava mesmo querendo comprar uma nova, então...
     - Ok. Vou me trocar.
     - Vou tomar banho e me trocar também.
     Ele terminou o café dele e foi tomar banho. Eu coloquei um short, uma blusinha e por cima um casaco moletom com capuz, tudo cinza com detalhes rosa. Coloquei um tênis estilo skatista. Jus saiu do banho já arrumado e me deu um beijo na bochecha.
     - Vamos? – ele perguntou.
     - Vamos. – eu disse.
     Nós fomos em direção ao parque, mas passamos em uma loja de esportes no meio do caminho para comprar uma bola de basquete. Fomos pro parque. Jus colocou o capuz do casaco dele e colocou o meu capuz em mim. Eu perguntei:
      - Eu não sou famosa. Não preciso disso.
      - Amor, esses dias eu te apresentei a New York. E de New York pode ter certeza que a notícia foi pro mundo. E agora o mundo te conhece. Pode ter tanto beliebers quanto haters e posers aqui nesse parque. Todo cuidado é pouco.
      - Você está se escondendo das beliebers?
      - Não, mas sim dos haters. Ou nos escondemos ou levamos ovada ou sofremos bullying.. você decidi.
      - Capuz.
      - Imaginei. – ele disse dando um risinho.
      Nós entramos no Beterraba e lá podemos tirar nossos capuzes. Lá tinha não uma quadra, mas sim uma espaço com cimento e duas cestas em cada lado. Era bem desorganizado, mas dava pra jogar. Me lembrei de que eu havia conhecido Jus aqui. Ele jogando basquete, atrapalhando minha tarde, depois me beijou... bons tempos, bons tempos. Enfim, ele passou a bola pra mim.
      - E aí? – eu perguntei.
      - Vem. Vou te ajudar com a cesta.
      Nós fomos até a frente de uma cesta e ele ficou atrás de mim, ajeitando meus braços de uma maneira correta na qual eu poderia jogar a bola para marcar uma cesta. Nós jogamos, mas não acertamos. Eu disse:
      - Ok. Acho que entendi mais ou menos como devo fazer para fazer a cesta. Vamos jogar. Mas amor... pega leve comigo? – eu fiz biquinho.
      - Tá bom gatinha. Eu pego leve sim. – ele sorriu.
      Nós fomos para o meio da quadra. Eu deveria iniciar o jogo. Ele estava na minha frente pronto para me barrar. Eu comecei a quicar a bola no chão. De repente comecei a correr ainda quicando a bola no chão. Jus foi tentar a tirar de mim, mas eu passei por debaixo de seus braços e fui direto para a cesta. Eu joguei a bola e marquei uma cesta.
       - YAY. Você viu amor?
       - Vi. – ele disse com um tom desconfiado.
       Ele iniciaria o jogo dessa vez. Ele foi passar por mim se virando de costas contra mim, mas eu passei por debaixo de seus braços e roubei a bola dele. Para fazer isso, acabei fazendo com que ele se desequilibrasse e caísse no chão. Marquei outra cesta. Olhei para Jus no chão. Eu fiquei sorrindo e ele me olhava assustado. Eu perguntei:
        - Que foi amor?
        - Que tipo de alien você é? “PEGA LEVE AMOR” – ele tentou imitar minha voz.
        - Desculpa amor. – eu fiz carinha triste e baixei a cabeça.
        Ele veio até mim e levantou minha cabeça. Sorrindo ele disse:
        - Você é muito danadinha mesmo. 
        - Eu sou ninja. Já te disse isso.
        - Eu não gosto de você ninja. Você ninja acaba me dando cotoveladas e me fazendo cair no basquete. Quero minha gatinha  de volta.
         - Você quer é ganhar no basquete.
         - Mentira. Eu quero é para de cair no chão.
         - Desculpa amor. – eu dei um beijo na bochecha dele.
         Ele pegou a bola e fez uma cesta. Nós jogamos por mais um tempo, até nos cansarmos. Jus ganhou e ficou me enchendo o saco até cansar. Nós nos deitamos na grama do parque por um minuto para descansarmos. Eu abracei ele e ele disse:
           - Eu estou suado amor.
           - Não tem problema.
           Ele se sentou na grama, tirou o casaco moletom e depois tirou a camisa. Ele pegou a camisa e a passou no rosto. Eu fiquei o olhando de queixo caído. Ele não tinha tanquinho, mas tinha a barriga bem definida. E realmente era melhor do que um tanquinho. Ele perguntou:
            - Vamos amor?
            - Aham. – eu disse com cara de retardada.
            - Que foi? – ele perguntou sem entender.
            Continua...

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