quarta-feira, 13 de abril de 2011

Love me.Capítulo 13.

     Eu empurrei Cody que acabou caindo encima de uma bateria e fui correndo atrás de Justin. Eu o encontrei no estacionamento e quando ele estava abrindo a porta de seu carro eu segurei em seu ombro. Ele se virou e falou:
    -Me deixa. Porque você ainda perde seu tempo.. Vai la pra aquele idiota.
    -Justin...você realmente acha que eu estava te traindo?
    -Não. Você só tava perto para ver a cor dos olhos dele.
   
-Justin, dá pra parar com a infantilidade. Me escuta.
    -INFANTILIDADE? EU SOU INFANTIL? EU ENCONTRO MINHA NAMORADA BEIJANDO OUTRO GAROTO E NÃO TENHO DIREITO DE FICAR BRAVO ?
    -NÃO, VOCÊ NÃO TEM ESSE DIREITO, PORQUE VOCÊ AINDA NÃO ESCUTOU O QUE EU TENHO PRA DIZER.
   
-VOCÊ NÃO TEM QUE DIZER NADA.
    -TENHO SIM. VOCÊ VAI ME ESCUTA. O CODY ME AGARROU JUSTIN, EU TENTEI ME SOLTAR, MAS ELE ESTAVA ME PRENDENDO CONTRA PAREDE, TANTO QUE SE VOCÊ FOR LÁ AGORA VAI ENCONTRAR ELE TENTANDO TIRA O TRASEIRO DE UMA BATERIA. EU TENTEI ME SOLTAR JUSTIN.
    -Por que eu acreditaria nisso?
   
-POR QUE?? PORQUE, POR MAIS QUE VOCÊ CONHEÇA CODY A MAIS TEMPO QUE ME CONHECE, EU ACREDITO QUE SÓ TENHAM SE VISTO UMA OU DUAS VEZES. PORQUE VOCÊ VIU COMO ELE ESTAVA OLHANDO PARA MIM QUANDO ME CONHECEU. E O ÚLTIMO MOTIVO E O QUE DEVERIA SER CONSIDERADO O MAIS IMPORTANTE É QUE EU SOU SUA NAMORADA, E VOCÊ DISSE QUE ME AMAVA, E PELO QUE EU SEI...Pelo que eu sei...quem ama confia Justin. Mas pelo jeito você não me ama e muito menos confia em mim. Mas quer saber. Eu não vou ficar perdendo o meu tempo com uma pessoa que mentiu pra mim e que não me ama como eu amo ela. Tchau pra você Justin.- eu sai correndo e chorando.
   -CINDY ESPERA POR FAVOR... -ouvi ele gritar.
   Mesmo o ouvindo gritar eu não parei para ouvi-lo, eu continuei correndo sem olhar para trás. Eu atravessei a rua e virei a esquina. Parei de correr por um minuto para derramar algumas lágrimas. Eu estava chorando tanto que chegava a soluçar. Eu continuei andando sem olhar para onde eu ia. Esbarrei em algumas pessoas algumas vezes e continuei andando. Havia muitas pessoas por perto e muitos carros passando. Eu continuei andando sem me importar e não vi que o sinal havia aberto. A última coisa de que me lembro era de um grito e de uma van vindo para cima de mim.Tudo ficou claro.

    (Justin narrando)
    Idiota, idiota, idiota. Eu sou um imbecil mesmo. Como eu pude fazer isso com a Cindy. Cada palavra que ela havia dito era verdade. Eu devia ter deixado ela se explicar, até mesmo porque ela é minha namorada e eu além de amá-la, de verdade, eu devia ter confiado nela. Eu dei um soco no meu carro e continuei me insultando dentro de minha cabeça. Decidi entrar no carro e ir atrás dela do que ficar me xingando e quase quebrando minha mão. Entrei no carro e fui dirigindo rapidamente pela estrada. Havia um engarrafamento até que ouvi o barulho de uma ambulância e vi que havia ocorrido um acidente. Quando passei pelo acidente não vi quem era pois havia muitas pessoas. Só o que consegui ver foi o braço da pessoa caída no chão que possuía um bracelete dourado. Meu coração parou, meu mundo desabou, minha respiração acabou e eu congelei. Parei o carro imediatamente e saí de lá correndo. Passei por todas as pessoas e fui até a maca.Cindy. O para-médico tentou me tirar de lá, mas eu comecei a gritar:
    -ME SOLTA ELA É MINHA NAMORADA. -olhei para ele, tentando respirar fundo- POR FAVOR.
    -Você a conhece?-perguntou o para-médico.
    -É MINHA NAMORADA A CINDY. POR FAVOR ME FALA QUE ELA TÁ BEM. PELO AMOR DE DEUS.
    -Acalme-se. Ela está viva. Vamos levá-la ao hospital. O senhor está de carro?
    -Sim. Estou sim.
    -Se dirija ao hospital com calma por favor. Está tudo sob controle, tudo bem?
    -Tá, tá.
    Saí correndo para o meu carro e fui direto ao hospital, acompanhando a ambulância. Chegando no hospital eu fui acompanhando a maca dela, mas o para-médico me parou dizendo que eu não poderia entrar. Eu fiquei na sala de espera andando de um lado para o outro. Sentando na cadeira lágrimas e lágrimas caiam disparadamente de meus olhos. Eu balançava minha perna freneticamente e não conseguia parar. Se algo acontecesse a ela eu me culparia para sempre. Eu me lembrei de que devia avisar a família dela. Liguei para minha mãe e pedi para ela fazer  isso por mim, pois eu não conseguiria dar essa notícia aos seus pais. Eu continuava no mesmo ritmo e continuava me culpando por tudo. Eu fui um idiota. Como eu pude magoar a pessoa que eu mais amo no mundo?
    A família de Cindy e minha mãe haviam chegado. Meu rosto estava vermelho e inchado e ainda encharcado de lágrimas. Minha mãe me abraçou e depois disso a família de Cindy que estava super preocupada agora perguntava o que havia acontecido. Eu contei a eles tudo que aconteceu e depois me dirigi ao pai dela dizendo:
    -Me desculpe se eu desapontei o senhor. Eu não queria que isso tivesse acontecido a ela. Eu estava indo à casa de vocês para me desculpar e a vi entrando na ambulância. Eu me sinto  tão culpado. Me desculpe por favor. Por favor. -eu disse rápido e ainda chorando.
    -Acalme-se. Você não teve culpa. É normal em um relacionamento haver brigas, e chegou a hora de vocês brigarem também, mas dessa vez aconteceu esse acidente. Está tudo bem. Na verdade, não estou desapontado. Vejo que você está tão mal quanto todos nós e que realmente se preocupa com ela.
    -Obrigado. -eu disse com uma sensação forte de alívio.
    Eu tinha medo de depois que aquilo tudo terminasse ele fosse proibir Cindy de me ver. Uns minutos depois um médico se aproximou, mesmo não sabendo se era ele que estava tratando de Cindy eu me levantei e fiquei esperando por respostas.
    -Vocês são a família da Cindy?
    -Sim. -eu disse logo em seguida .
    -Ela está bem. Ela só se machucou um pouco, mas nada grave. Ela está de repouso e não sabemos quando ela irá acordar.
    -Podemos entrar doutor?-eu perguntei.
    -Sim. Podem, mas sem fazer barulho.
    Eu saí correndo até a sala dela e entrei devagar. Vê-la na cama naquele estado me deixou mais triste e com mais sensação de culpa. Eu fiquei ao seu lado e passei a mão de leve em seu rosto. Havia alguns arranhões em seu braço e um machucadinho perto de sua boca. Eu dei um beijo em sua bochecha, segurei em sua mão e encostei minha testa na dela.
    - Eu não vou sair de seu lado nem por um segundo. -susurrei.- Eu vou cuidar de você. E nós dois vamos continuar juntos. Você vai melhorar Cinderela, eu sei que vai...
    Continua...

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