Lucky. Capítulo 25.

    - A Mandy ligou. – eu contei baixando a cabeça.
    - O que ela queria? – ela perguntou preocupada.
    - Ela disse que vinha pra cá pra ficar comigo de novo. – ela ficou em silêncio – Mas eu falei que eu tava namorando de novo e que não era pra ela estragar tudo e...
    - Eu ouvi essa parte. – ela disse.
    Suas mãos de meu pescoço passaram pro meu ombro.
    - Eu...eu prometo que vou fazer de tudo pra ela se afastar. Eu prometo que vou fazer de tudo para que ela não acabe com tudo. Eu prometo.
    - Eu sei.
    - Como pode saber? – perguntei sorrindo com minha pergunta idiota.
    - Porque eu te amo. – ela disse chamando minha atenção.

    (Katy narrando)
    Ele tava nervoso e depois da nossa noite de ontem...eu já queria ter dito isso, mas esse pareceu o momento certo.
    - Eu... – ele disse, mas se interrompeu – Eu...ér... – ele parecia nervoso.
    Ele baixou o olhar e ficou mordendo os lábios. O que é isso? Ele tá em dúvida?
    - Você...você...ér?! Como assim? – perguntei saindo de seus braços.
    - Katy... – ele disse passando a mão no cabelo.
    - Você é um idiota. – disse e saí correndo do apartamento.
    Não estava triste, mas sim com raiva. Eu peguei o elevador, que ainda estava no andar e decidi andar por aí. O que eu preciso agora é ficar sozinha.

    (Justin narrando)
    Idiota, idiota, idiota. Era tão difícil dizer que a amava? Eu a amo, pra que aquele nervosismo todo. Aliás, por que eu to parado aqui? Preciso ir atrás dela. Saí do apartamento e o elevador estava sendo usado, então resolvi descer de escada. Fui o mais rápido que pude. Ao chegar na rua, olhei para todos os lados, porém não a vi em lugar nenhum. Então, resolvi seguir um caminho involuntário, porém que eu sei que ela costuma seguir que é o caminho da loja preferida dela. Atravessei a rua com um pouco de dificuldade, por causa dos carros, e comecei a correr pela rua. Mais a frente, consegui identificá-la. Tinha certeza de que era ela.
    - KATY. – gritei.
    Ela olhou pra trás e ao me ver começou a andar mais rápido. Eu corri mais rápido no intuito de alcançá-la, mas tinha tanta gente naquela rua que era difícil. Eu a vi entrando em um beco. Decisão ruim, gatinha. Aquilo podia ser perigoso. Eu consegui chegar até o beco e ao entrar nele a vi voltando de um caminho sem saída. Ao me ver, vi fúria em seus olhos.
    - Katy... – ia me explicar.
    - Cala. A. Boca. – ela pediu rígida.
    - Deixa eu me explicar. – pedi.
    - Explicar o que Justin? Primeiro você some o dia inteiro e nem da satisfação, depois eu tenho minha primeira vez com você, digo que te amo e você diz “Ér...” ?!
    - Uh. – disse um mendigo que estava sentado num canto e que só foi notado agora por nós.
    - Mas, você tem que entender que...
    - Ah, me esqueci da sua ex namorada que está vindo aqui pra nos visitar. – ela disse irônica.
    - Tá ferrado cara. – disse o mendigo.
    - Cala a boca. – disse com raiva.
    - Não, Justin. Escuta ele. Ele tem razão.
    - Você acha que vou dar atenção pro mendigo.
    - Hey. – o mendigo reclamo.
    - Você só tá piorando tudo. – disse.
    - Errar é humano cara. – ele disse.
    - ISSO. Agora escuta o mendi... Katy? – olhei pro mendigo em busca de uma resposta e ele apontou para a saída do beco.
    Eu saí de lá e vi ela voltando para nosso apartamento. Por isso nem fiz questão de correr. Quando cheguei no apartamento, encontrei a porta do quarto dela fechada. Comecei a bater na porta.
    - Katy. Abre e me escuta, por favor. – ela não disse nada – Tá. Vai escutar querendo ou não. Anteontem eu estava triste lembra? Menti pra você ao dizer que estava entediado. Eu tava triste por causa do nosso namoro. Sabe o quanto é ruim ter que ficar namorando escondido? Não posso pegar na sua mão, te abraçar, te beijar...só posso fazer isso quando estamos aqui nesse apartamento e isso é um saco. Aí, chego no dia seguinte e aquele idiota fica tentando ficar com você. Outra desvantagem. Todos acham que você tá solteira e vão pra cima. E eu não posso fazer nada. Aí hoje, minha ex liga dizendo que não vai desistir e vai voltar e blá blá blá e fico nervoso por causa disso. Porque...você, melhor do que ninguém, devia saber o quanto eu queria essa relação, o quanto eu temo que ela termine e o quanto eu amo você. Agora não posso ficar nervoso depois de ouvir um “eu te amo” seu e não saber responder? É, eu tava nervoso. – fiquei em silêncio esperando por alguma reação.
    A sacola que ela havia trago e que estava em cima da mesa da sala me chamou a atenção. Eu peguei a sacola e achei comida lá dentro. Abri os pacotes e neles haviam a mesma coisa. Peguei uma talher e refrigerante e deixei tudo na porta dela.
    - Kathy, só faz um favor. Não vai adiantar nada ficar com raiva de mim e ficar com fome, então...eu to deixando a comida aqui na sua porta e...eu vou comer no meu quarto. É só...pegar sua comida aqui. De novo, eu vou estar no meu quarto, se precisar de algo... Eu aceito seu silêncio e que me ignore enquanto estiver por perto, mas...só te quero por perto. – pedi sincero.
    Eu ia em direção ao meu quarto quando escuto o barulho da porta. Me virei e a vi encarando a comida no chão. Ela subiu seu olhar pra mim, mas sua expressão não demonstrava nada. Eu, voltei a caminhar devagar pro meu quarto e decidi usar a chantagem emocional. Baixei minha cabeça e comecei a arrastar meus pés no chão.
    - Jus... – ela me chamou.
    Continua...

P.s.: Antes de lerem quero comunicar que não vou poder responder hoje e talvez nem amanhã!!! Eu estou muito enrolada com a escola depois da minha viagem e tenho super que correr, mas como tava um tempão sem postar não podia deixar de pelo menos postar!! Desculpe não responder, mas quero que saibam que li todos os coments e estou muito agradecida pelo elogio de vocês!!! Um beijão pras melhores leitoras do mundo ;*