segunda-feira, 30 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 14


    - Não. O que? Acha que agora pode se aproveitar só porque tá doentinho?! – disse me afastando.
    - Não, gatinha. – ele me puxou para cima dele – Acho que você deve obedecer seu homem.
    - Jus, acho que quando o médico mandou você ficar de repouso ele não quis dizer que deveria ficar com o peso de outra pessoa em cima de você. – disse rindo.
    - Dane-se. – ele se aproximou para me beijar.
    O beijei como se eu não tivesse o beijado hoje mais cedo. Era tão carinhoso o modo que ele movia os lábios. Senti saudades disso. Quando paramos o beijo, ele sorriu e pôs uma mecha de meu cabelo atrás da orelha. 
    - Podemos pedir pizza? – ele pediu.
    - Não. – disse.
    - Acho que alguém precisa de mais um beijinho. – ele ia me beijar.
    - Não importa o quanto me beije. Não vamos pedir pizza.
    - Por que não? – ele disse tentando parecer triste para me convencer.
    - Porque acabou de voltar do hospital. Precisa comer coisas saudáveis.
    - Sushi?
    - Não. Legumes. – disse me levantando.
    - Mas...
    - E verduras. – saí do quarto.
    - QUER QUE EU ME MATE DE NOVO, MULHER? – ele gritou do quarto.
    Fui até a cozinha e dei uma olhada. Posso deixá-lo mais feliz com o jantar. Fiz uma salada, mas não uma salada comum. Imagine uma salada com tudo que você tem de gostoso na geladeira. Obviamente não tinha muito comida gordurosa na salada. E para acompanhar fiz um molho de iogurte que havia acabado de pegar na internet.
    Quando levei para Justin ele pareceu surpreso com o prato e o aprovou.
    - Viu? Comida saudável pode ser gostoso. – como resposta ele apenas me olhou – Odeia admitir né?! – perguntei e ri ao ver seu sorrisinho de canto.
    Quando estava prestes a falar, o telefone tocou. Fui o atender na sala. Me sentei no sofá e o atendi:
    - Alô.
    - Brooke? – perguntou uma voz que eu sabia que conhecia, mas não me lembrava.
    - Sim. Quem gostaria? – perguntei.
    - Sou eu filha. – me lembrei da voz.
    - Ma-mãe? – gaguejei nervosa.
    - Sim. – ela disse parecendo emocionada do outro lado da linha.
    - Mas como...como conseguiu meu telefone? – agora eu estava assustada.
    - Eu estou na Itália. – agora eu gelei de novo.
    Essa mulher ta me perseguindo. Será que tem câmeras aqui? Como assim ela tá na Itália? Fazendo o que?
    - Itália? – perguntei novamente como se não tivesse escutado.
    - Isso. Estou em Roma, na casa de sua avó. – meu coração desacelerou um pouco.
    Tá explicado como ela conseguiu meu telefone.
    - Ér...que bom. – foi só o que consegui dizer.
    - Brooke, querida. Não imagina o quanto senti sua falta. Fiquei seis anos sem ouvir sua voz, sabendo notícias suas pela sua avó. Eu sabia que se eu tentasse falar com você eu seria ignorada. Então pensei “Não estou fazendo nada, preciso de férias no trabalho. Por que não visitar minha mãe e tentar rever minha filha”.
    - Escuta, se veio para tentar me levar de volta, fique sabendo que...
    - Não. Eu...eu só quero te ver novamente. – ela disse com a voz trêmula.
    - Hm. – disse meio duvidosa.
    - Será que você pode vir à Roma para nos vermos? Tenho uma surpresa. – ela disse animada.
    E essa surpresa é a polícia e o manicômio?! Pensei.
    - Tenho que ver. Tenho que ver no trabalho, tenho que ver como está a mudança e tenho que ver no trabalho do meu namorado.
    - Você trabalha? – ela perguntou parecendo surpresa e curiosa.
    - Sim. Sou formada em moda e trabalho numa Maison.
    - Nossa. – ela pareceu mais surpresa que antes – E você mora onde?
    - Moro em um apartamento alugado. Mas meu namorado é arquiteto. Vamos nos mudar para um apartamento maior e em nosso nome. – disse tentando mostrar como minha vida estava ótima agora.
    - Poxa. Fico muito feliz de saber que está bem de vida.
    - É, não da pra viver de baixo da ponte, né mãe?
    - Mãe. – ela repetiu – Senti saudades de ouvir isso.
    - Bom...ér...Eu vou ver o que posso fazer aqui e ligo novamente para minha vó e digo se vou ou não para Roma. Tudo bem? Tchau mãe. – desliguei o telefone rápido.
    Eu não sabia se estava feliz ou triste. Por mais que eu sentisse raiva da minha mãe pelo que ela fez, eu a amava. Amava muito. E também sentia saudades dela. Ela foi tão importante pra mim. Quando eu sofri buylling ela sempre esteve me consolando, dizendo que tudo ia ficar bem por mais que ela não soubesse. Ela aceitou quando passei para aquela fase rebelde, mas...até um certo ponto. Eu quero ir pra Roma.
    Voltei pro quarto e me sentei na cama, ao lado de Justin. Ele continuo comendo e olhando pra TV até reparar que eu o encarava. Ele ficou me olhando até que resolveu perguntar:
    - Que foi?
    - Amor, eu tenho que conversar com você.

    - Mas...mas... – ele tentava falar.
    - Eu to com saudades dela. – me expliquei.
    - Mas e se ela tentar te levar de volta pra casa? Segundo tudo que você já me contou sobre ela...
    - Jus...
    - Ela é doida. Ela pode tentar te levar pra casa a força ou então...
    - Justin...
    - Imagina se ela começar a inventar coisas, tenta jogar você contra mim de alguma maneira e...
    - JUSTIN.
    Continua...

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 13


    – Nunca. NUNCA. Nunca mais faça isso, entendeu?! Se alguma vez eu falar isso de novo você ignora. Tudo bem? Você não é nenhum brinquedinho de que se canse e depois aperte o botão de autodestruição. Você é meu namorado. Eu amo você e não quero nem mais imaginar você numa cama de hospital por causa de uma bobagem que eu disse. Pode ser? – perguntei.   
    - Não ouvi mais nada depois do primeiro “Eu te amo”. – ele brincou.
    Era incrível como ele conseguia me fazer rir enquanto eu chorava o vendo naquele estado.
    - Não brinca comigo. Pode ser? Podemos fazer esse combinado? A próxima vez que você vier parar no hospital por causa de mim eu te mato. – brinquei fazendo ele sorrir.
    - Tudo bem. – ele disse.
    Ficamos nos olhando por um momento em silêncio e sorrindo, até que o sorriso dele desapareceu e ele pediu:
    - Posso te perguntar uma coisa?
    - Sim. – respondi.
    - Por que eu não morri? Quer dizer...eu cortei meu pulso e ainda sobrevivi.
    - Segundo seu pai você se cortou da maneira errada.
    - Como eu devia ter cortado?
    - Ah, você devia... Pera aí, você nem devia ter se cortado pra início de conversa. Eu não vou te ensinar a maneira certa. – fiz ele sorrir – Me impressiona vê-lo sorrindo nesse estado.
    - Estou sorrindo porque você está aqui. Comigo. – ele segurou minha mão novamente.
    Sorri como resposta e fiquei em silêncio olhando para nossas mãos entrelaçadas.
    - Brooke. – ele chamou minha atenção – Deixe eu me explicar, por favor? Estou me sentindo mal conversando com você sabendo que você ainda não sabe o quanto eu te amo...
    - Eu sei, Justin...
    - Não, não sabe. Você acha que eu te trai... E eu não consigo ter uma conversa normal com você, sabendo que você acha que fui infiel. – ele parou um momento para tossir.
    Sua voz estava bastante roca, e falar assim deve ser horrível.
    - Você nem deveria estar falando, Justin. – disse ignorando seu olhar – Por favor, vamos conversar disso quando você estiver bem e fora desse lugar.
    - Mas...
    - Por favor. Depois a gente conversa sobre isso. E...sem falar. Fica quietinho.
    Ouvi ele respirar um fundo e um leve gemido soar de seu peito. Olhei para seu rosto e ele me olhava sem expressão. Senti minha mão sendo apertada pela dele, mas apertada levemente. Olhei para nossas mãos e o seu curativo me chamou atenção novamente. Estava a ponto de chorar novamente, então virei o olhar para seu rosto e comecei a acariciar seu cabelo.
    Ele ia fechando os olhos devagar parecendo que ia dormir a qualquer momento, mas ai ele abria os olhos de repente querendo lutar contra o cansaço.
    - Dorme. Descansa. – disse.
    - Eu não quero.
    - Você precisa descasar, Justin...
    - Não. Dormi durante três dias e já dormi hoje mais cedo. Não preciso dormir.
    - Você precisa de repouso. Você tá dodói. É bom você dormir.
    - Mas eu tenho medo. – ele se entregou.
    - Medo do que?
    - De acordar e você não estar mais aqui.
    - Eu vou estar sempre aqui. Se não estiver aqui dentro do quarto ou vou estar na sala de espera ou comendo algo na cafeteria ou no banheiro. Mas eu vou ficar aqui no hospital até você voltar pra casa.
    - Meu anjo tá de volta. – ele fechou os olhos por um momento e sorriu.
    - Eu nunca estive longe. – apertei sua mão.

    (2 dias depois)
    No dia seguinte ao que descobrir que Justin estava no hospital ele já havia melhorado bastante. E hoje ele recebeu alta, só que teria de ficar de repouso e tomar umas vitaminas para repor as forças. O meu sogro nos levou para casa e se certificou de que tudo estava bem. Antes de sair ele deixou o número do telefone de seu trabalho, que não tínhamos, e os números de emergência da cidade conosco. Não o culpo de estar preocupado, alias a enfermeira de Justin é a garota que quase causou sua morte.
    Ele estava deitado na cama assistindo TV. Fiquei encostada na soleira da porta o olhando por um momento. Quando ele percebeu minha presença ele me olhou e sorriu.
    - Você pode vir aqui? – ele pediu.
    Eu fui até ele e ele pediu com a mão que eu deitasse ao seu lado. Me deitei e ele pediu para que me aproximasse mais. Ele me envolveu em seus braços e pousou minha cabeça em seu peito.
    - Por que isso? – perguntei.
    - Senti falta de te ter nos braços. Sentir que é minha. – ele começou a afagar meus cabelos.
    - Eu te odeio. – disse enterrando meu rosto em seu peitoral.
    - Por que? – ele perguntou rindo.
    - Porque eu to me sentindo mal por ter feito isso com você, e você tá todo carinhoso comigo. Você devia me odiar. Brigar comigo.
    - Hm...então quer que eu brigue com você?
    - Quero. – pedi.
    - Então...Brooke, nunca mais tente sair de casa. – ele disse autoritário.
    - Tá.
    - Nunca mais brigue sem me deixar explicar. – ele disse no mesmo tom.
    - Ok.
    - E faça meu jantar.
    - Não. – neguei.
    - Como é que é? – ele me olhou fingindo indignação.
    Continua...

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 12

    - Esse é o problema. Eu não o escutei depois que isso aconteceu. Ele disse que havia sido culpa dela, mas eu não devia culpá-la...eu não entendi.
    - Mas...foi só por causa dessa briga que ele fez aquilo?
    - Eu...acho que em algum momento eu disse algo que ele interpretou ao pé da letra.
    - Bem...vamos ver no que vai dar. – senhor Bieber disse depois de um longo suspiro.
    - Mas como ele está? – perguntei ansiosa.
    - Ele dormiu durante todos esses dias. Acordou agora de manhã, mas logo dormiu de novo. Ele não corre riscos. Só está fraco.
    - Ele consegue conversar? Você foi vê-lo quando ele acordou?
    - Bem, ele não consegue conversar direito, mas consegue te ouvir e te entender.
    - Ele...cortou os pulsos. Mas não corre nenhum risco?
    - Ele cortou errado. – ele riu – O corte que ele fez não o matou, só fez ele ter uma grande perda de sangue. Por isso que ele tá aqui.
    Dei um leve sorriso que logo desapareceu.
    - Eu...posso vê-lo da próxima vez que ele acordar? – pedi.
    Ele parou por um momento pensando bem e quando percebeu que eu estava ansiosa pela resposta ele foi logo se explicando:
    - Eu não sei se é uma boa ideia. Depois do que aconteceu...te ver pode ser demais pra ele. Ele pode ficar nervoso ou... – continuei o olhando com esperanças o que fez ele respirar fundo e responder – Tudo bem. Mas toma cuidado com ele. Não deixe ele nervoso. E caso qualquer coisa aconteça grite o médico, a enfermeira, etc. Ok?
    - Tudo bem. Obrigada. – disse com um sorriso que durou um pouco mais do que os últimos.
    Senhor Bieber parou por um segundo para olhar no relógio e disse:
    - É...faz um bom tempo desde a minha última refeição.
    - Vá comer algo na cafeteria do hospital. Eu fico aqui esperando notícias do médico ou algo do gênero. – disse com um tom confiante para que ele não protestasse.
    - Tudo bem. Qualquer coisa me ligue que eu venho. – ele pediu se levantando.
    - Pode deixar. – disse.
    Se passaram 10 minutos e nenhuma notícia. Senhor Bieber devia estar aproveitando para não ter que voltar para cafeteria tão cedo. Mais 10 minutos e nada.
    - Senhor Bieber? – uma enfermeira perguntou me chamando a atenção.
    - Ah...ele foi comer algo, mas eu estou com ele. – disse me levantando.
    - Você conhece o paciente? – ela perguntou.
    - Sim, é meu namorado. – afirmei.
    - Ah, bem...ele acabou de acordar.
    - A-cordou? É...eu posso vê-lo? – perguntei ansiosa.
    - Sim, pode. Mas antes de entrar vou lhe pedir para que não o estresse e não o emocione. Ele está fraco e não pode falar muito. É preciso paciência e calma. – ela pediu.
    - Pode deixar. – disse rápido querendo vê-lo logo.
    Ela me encaminhou até o quarto dele e abriu a porta devagar, logo me dando licença para entrar. Eu entrei e ouvi a porta fechar. O quarto tinha uma luz bem fraca, mas nada que deixasse o ambiente escuro. Olhei para Justin, que estava deitado na cama olhando para janela fechada. Ele viu que eu havia entrado? Ele está me ignorando?
    - Justin. – chamei.
    Sua cabeça virou devagar para mim, e logo que ele notou que eu estava lá ele arregalou os olhos e tentou se mover.
    - Não. Não. – disse indo rápido até ele – Fique deitado. – pedi.
    - Brooke... – ele disse com a voz bem rouca, mas não estava tão fraca quanto eu pensava.
    - Tá tudo bem. – minha voz fraquejou – Tudo bem. – uma lágrima caiu sem que eu percebesse.
    Olhei para seu pulso esquerdo e vi que estava enfaixado. Passei a mão em cima do curativo e pus ela sobre a mão dele, que a segurou.
    - Deixe eu me explicar. – ele pediu.
    - Não. Agora não. Depois a gente conversa sobre isso.
    - Mas...
    - Justin, não é o momento. – disse séria.
    Ele respirou fundo e ficou me olhando.
    - Eu descobri tudo hoje. – disse – Eu fui pra casa da Ashley e...ela havia dito que talvez eu tenha entendido errado e que ela sabia que você não faria isso comigo, porque desde aquela viagem ela notava o quanto você...gostava de mim.
    - Eu te amo. – ele disse e apertou minha mão o tanto que ele pode.
    - Então, eu voltei pra casa e encontrei a faca e o bilhete. Eu...eu entrei em desespero. Eu não sabia o que fazer. Eu não queria pensar no pior. Então liguei para o seu pai e ele disse que estava aqui. – dei uma pausa enquanto ingeria tudo – Pode parecer besta, mas eu fiquei tão feliz de saber que estava no hospital. Era um sinal de que ainda estava vivo. – disse com um leve sorriso – Por que fez isso, Justin?
    - Por que você pediu. – ele disse.
    Eu soltei sua mão e me afastei por um momento. Comecei a chorar mais. Durante todo esse tempo desde que descobri que ele estava aqui eu tentava não me culpar, mas agora vejo que a culpa é inteiramente minha.
    - Eu...eu não queria... Eu não queria ter dito aquilo. – eu disse chorando – Não era pra você... Eu só estava...com raiva e...
    - Brooke. – ele me chamou – Não chora. Por favor.
    - Como posso não chorar, Justin? Você quase morreu por minha culpa. Por causa da estupidez que eu disse.
    - Não foi sua culpa, meu amor.
    - Ah não?! Foi de quem? – perguntei meio irônica.
    - Foi do idiota apaixonado aqui. – ele sorriu me confortando.
    Eu sorri de volta e me aproximei novamente. Eu deitei parte de meu corpo devagar sobre a dele para abraçá-lo. Lhe dei um beijo na bochecha e um selinho em seus lábios brancos.
    - Eu te amo. – disse me afastando um pouco.
    Continua... 

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 11


    - Ashley, ele nem tentou me ligar, não mandou mensagem nenhuma...
    - E você não devia estranhar? Fazem três dias...
    - Eu...não sei. – disse incerta – Vai que ele desistiu.
    - Eu duvido. Eu sei que ele gosta de você. Desde aquela viajem do trem. Ele fez a gente fingir pra conseguir você. E acho que ele seria capaz de qualquer coisa pra te ter de volta. Vocês fugiram quando a viajem acabou para que vocês não se separassem. – ela riu – Aliás vocês eram uns loucos.
    - É. – dei um risinho.
    - Vai falar com ele. – ela disse com um leve sorriso.
    - Acho que tem razão. Nunca pensei que diria isso, mas...obrigada Ashley. – dei um leve sorriso e depois ganhei um abraço.

    Eu arrumei minhas malas para voltar pra casa e sai do apartamento de Ashley. Durante o caminho pra casa eu fiquei pensando em como iríamos conversar e em como essa conversa poderia acontecer. Vai dar tudo certo. Só deixe rolar.
    Eu subi até o andar de nosso apartamento. Fiquei um tempo encarando a porta, totalmente nervosa. Vai dar tudo certo. Abri a porta.
    Ao entrar uma brisa forte e gelada passou. Notei que a janela estava aberta e as cortinas voavam. Tudo tinha aparência de vazio por ali.
    - Justin. – chamei. Fechei a porta, andei até a sala e larguei a mala no chão – Jus...sou eu. Eu voltei pra conversar. Eu...eu senti saudades. – o silêncio pairava no ar.
    Fui até o quarto e nada. Então decidi ir até a cozinha. Uma coisa logo me chamou a atenção. Havia uma faca suja de molho em cima da bancada. Fui até a faca e a peguei. O molho parecia seco.
    - Estranho. – disse ao notar a aparência do molho – Não parece molho. – comentei comigo mesma.
    Então outra coisa me chamou a atenção. Havia uma folha de papel no chão. Eu a peguei. Ela também estava manchada de molho ou seja lá o que fosse aquilo. Virei a folha e nela havia algo escrito.
    “Apesar de tudo eu sempre vou te amar”
   
- Mas o que... – tentei achar uma resposta até que juntei as peças do quebra-cabeça.

    (Flashback)
    - Está duvidando de mim? Está senhorita Brooke futura Bieber? – ele chegou mais perto – Você é só minha razão. Eu faria de tudo para por um sorriso em seu rosto. Até mesmo me matar.
    - E desde quando te ver morto me deixaria feliz? – perguntei.
    - Eu não sei. – ele respondeu – Só sei que faria de tudo. Tudo mesmo.
    (Fim do flashback)

    A faca caiu de minha mão. Não. Ele não fez isso. Ele...ele não faria. Ele...faria?! Uma lágrima caiu e senti minha mão tremendo. Peguei rapidamente meu celular na bolsa e liguei para meu sogro. Me lembro de tê-lo encontrado quando sai de casa da última vez. Tive que ligar duas vezes para que ele atendesse.
    - Senhor Bieber. – disse com a voz trêmula – Vo-você...sabe do...do Justin?
    - Sei sim. – ele disse após um suspiro.

    Durante todo o caminho até o hospital eu fiquei imaginando como ele estaria. O que eu diria. Eu lhe daria uma bronca? Pediria desculpas? Eu estava muito confusa. Até que desisti de pensar, pois sabia que daquele jeito não conseguiria pensar em mais nada. Quando cheguei ao hospital entrei bem devagar. Não conseguia acreditar no que ele havia feito. Mas o que exatamente ele tinha feito?
    Subi até o andar que o senhor Bieber havia me falado que estava. Quando cheguei lá o encontrei sentado na sala de espera. Ele demorou a perceber a minha presença, mas assim que percebeu, acenou com a cabeça para que eu me sentasse na cadeira de frente para ele.
    - Oi. – disse ainda com a voz trêmula.
    - Oi. – ele respondeu e esperou pelas perguntas.
    - O que aconteceu?
    - Assim que eu entrei na casa de vocês aquele dia...aquele que encontrei você saindo com as malas... eu entrei no apartamento e encontrei ele com... – ele parou por um momento parecendo digerir a cena em sua cabeça – Ele tava com um dos pulsos cortados.
    - Mas...mas... Ele não podia... Ele não faria...
    - Faria. – ele concluiu – Cara...Brooke... Você falou alguma coisa pra ele? Ele disse alguma coisa? Por que ele fez isso? Vocês brigaram não foi? Mas foi tão sério assim?
    - Na verdade...eu acho que não. – disse pensando bem sobre a briga – Eu não sei.
    - O que aconteceu? – ele pediu e achei melhor dar logo a explicação.
    - Bem...ele teve de ficar até mais tarde no escritório e eu decidi ir lá para levar um doce que ele gostava, porque eu sei que ele não gosta de ficar até mais tarde no trabalho. Quando eu cheguei lá o encontrei beijando outra garota.
    - Beijando outra garo... Você tem certeza? – ele se espantou.
    Balancei a cabeça positivamente e ele parou por um momento para pensar.
    - Mas... eu não consigo acreditar ou ao menos imaginar o Justin te traindo. – ele disse parecendo refletir – Ele...ele só fala de você, ele sorri quando fala de você, se ele escuta a palavra “queijo” ele sorri também, eu acho que tem haver com você, não sei o porquê, mas...
    Ele fez eu sorrir por 2 segundos levemente.
    - O que estou querendo dizer, Brooke...é que ele nunca seria capaz de fazer isso.
    Continua...



P.s.: Sorry não ter postado ontem, culpem o TCA e a volta as aulas. hihi ;)

sábado, 21 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 10


    E a minha reação foi a mesma de seis anos atrás: correr. Correr e chorar. Enquanto não cheguei ao elevador ouvi Justin gritando meu nome e correndo atrás de mim. Mas eu não parei. Cheguei ao elevador, mas ele infelizmente não estava nesse andar. Fiquei apertando o botão freneticamente quando Justin me puxou pelo braço.
    - Brooke, me escuta. – ele pediu.
    - NÃO. – gritei tirando meu braço de suas mãos – E EU PENSANDO QUE VOCÊ NÃO TAVA LEGAL AQUI. MAS PELO QUE EU PERCEBI VOCÊ TAVA MUITO FELIZ AQUI.
    - Não, Brooke. Você entendeu errado.
    - COMO EU POSSO TER ENTENDIDO ERRADO?
    - Você entendeu. Ela é só minha...
    - Amante? Quando a gente falava que tínhamos amantes eu pensava que era brincando. Mas você não levava muito na brincadeira não é?!
    - Brooke, eu te amo.
    - Me ama? ME AMA? – gritei e logo percebi que o elevador havia chegado.
    - Brooke...
    - MORRE JUSTIN. – disse antes de entrar no elevador e sair de lá.
    Quando eu disse aquilo ele pareceu paralisado. Me virei e me olhei no espelho. Não sabia que eu estava naquele estado. Meu rosto estava todo molhado.

    (Justin narrando)
    “Morre Justin.” As palavras dela soavam em minha cabeça enquanto eu olhava para o porta do elevador. Eu vou atrás dela. Ela tem que me ouvir.
    Eu voltei para a minha mesa para pegar as minhas coisas. Quando comecei a catar tudo para colocar na mochila, escutei Camille perguntar:
     - Quem era aquela?
     Primeiramente não respondi. Terminei de guardar minhas coisas, até que ela perguntou novamente:
    - Quem era aquela? Pra onde você está indo?
    - Aquela era minha namorada e eu estou indo para longe de você. – disse grosseiramente.
    Senti uma lágrima descer do meu rosto enquanto eu ia para o elevador. Será que ela vai me escutar?

    (Brooke narrando)
    Coloquei uma boa quantidade de roupas dentro de uma mala. Peguei apenas mais algumas coisas no banheiro e joguei dentro de uma bolsa. Quando estava indo para porta, ela foi aberta por Justin, que logo que entrou olhou para o que eu segurava.
    - Onde você pensa que vai? – ele perguntou.
    - Pro mais longe possível de você. – disse fria.
    - Brooke, se liga na besteira que você está fazendo. – ele disse de forma grosseira.
    - EU QUE ESTOU FAZENDO UMA BESTEIRA AQUI?
    - É. VOCÊ SIM. – ele gritou de volta de maneira que eu não esperava.
    - VOCÊ ME TRAIU JUSTIN. EU CONFIAVA EM VOCÊ MAIS QUE TUDO ENQUANTO VOCÊ FICAVA COM UMA PIRANHA LOIRA NO SEU TRABALHO. SE É QUE VOCÊ TRABALHAVA MESMO.
    - BROOKE, ELA ME BEIJOU.
    - AH, CLARO. NÃO FOI SUA CULPA. NUNCA É SUA CULPA. AS GAROTAS QUE SEMPRE TE BEIJAM.
    - PARA DE INFANTILIDADE E ME ESCUTA. NÃO É CULPA DELA TAMBÉM.
    - ISSO. PROTEGE SUA AMANTE TAMBÉM.
    - BROOKE, ELA NÃO SABIA QUE VOCÊ EXISTIA. EU NUNCA CONTEI DE VOCÊ PRA ELA.
    Parei por um momento. Ele estava medindo as palavras dele? Ele estava praticamente se entregando.
    - Você é um idiota. – o empurrei com as malas e passei pela porta.
    - BROOKE. – ele gritou novamente.
    - MORRE JUSTIN. E VÊ SE ME ESQUECE. – gritei novamente e sai correndo.

    (Justin narrando)
    Morte. É isso que ela queria... Por um momento pensei bastante sobre o que eu iria fazer. Um flash sobre tudo de bom que ocorreu, sobre pessoas que eu não via há anos, passou pela minha cabeça.
    Eu amo tanto a Brooke. Uma lágrima caiu pelo meu olho. Eu não entendo porque tudo teve que acabar assim. Mas ela parecia decidida ao dizer aquelas palavras.
    Eu entrei pra casa e fui até a mesa onde eu costumava trabalhar e peguei uma folha e uma caneta. Deixei apenas uma frase escrita nela e fui até a cozinha apenas com o papel.
    - Justin. – meu pai chamou. O que ele faz aqui?! – Filho, eu vi a Brooke saindo e ela parecia triste. O que aconteceu?
    Eu tinha que agir rápido. Era agora ou nunca. O fiz.
    - JUSTIN. – a voz do meu pai gritando foi a última coisa que ouvi.

    (3 dias depois)
    (Brooke narrando)
    - Brooke, você pode ficar aqui o quanto quiser. Eu não me importo. Mas você não acha que deveria conversar com o Justin? – Ashley disse me oferecendo uma xícara de chocolate.
    - Eu não conseguiria. Ele praticamente jogou na minha cara o quão canalha ele era.  – disse pegando o chocolate.
    - Será que você não entendeu errado? – ela sugeriu.
    Continua...


Divulgando:
1- http://togetherbybieber.blogspot.com
2 - http://brasileiraslovesbieber.blogspot.com
3- http://looveeimaginebelieber.blogspot.com
4- http://lovethejustinbieber.blogspot.com
5- http://universeofbelieber.blogspot.com

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 9


    (Justin narrando)
    Foi meio tenso encontrar Ashley em casa. Ela e Brooke se odiavam, ela causou minha briga com Brooke. Bem, ela e John. Por falar nesse cara, ele fez o favor de não sumir como Ashley havia feito. Ele e Brooke trocavam e-mails de vez enquando. Ele viajava muito e por isso eles não conseguiam se encontrar direito pessoalmente. Tenho medo só de imaginar quando ele voltar para Milão.
    Voltando a Ashley... Quando a vi senti uma dorzinha na barriga. Aquela que você sente por sentir culpa. Eu fiz Brooke sofrer por causa dela. Por um momento parei e comecei a lembrar de como eu e Brooke havíamos nos conhecido. Dei um leve sorriso e me forcei a lembrar de mais alguns momentos. Ela tava bem diferente agora. Corte de cabelo diferente, saias aderidas ao guarda-roupa, unhas bem cuidadas, estava mais madura. Eu? Eu devo estar o mesmo animal de sempre, mas se Brooke não se separou de mim até agora é porque esse idiota tá de bom tamanho.
    Eu juro que me mataria se ela pedisse. Essa garota é tudo que tenho. Sabe quando você namora a pessoa pela primeira vez e no início do namoro, a cada dia que passa você fica doido para ver a pessoa e se sente feliz ao vê-la? É assim que me sinto todos os dias a seis anos. E eu não sei porque.

    (Brooke narrando)
    Terminei de arrumar mais uma caixa com coisas da mudança e fui para o quarto. Já estava tarde. Justin estava jogado na cama. Ele deve estar dormindo desde depois do jantar. O quarto estava escuro, apenas com a luz da TV o iluminando. Conseguia ouvir a respiração pesada de Justin enquanto ele dormia. Eu me troquei, escovei os dentes e arrumei a cama, sem mexer em Justin. Desliguei a TV deixando o quarto escuro e deitei ao seu lado. Quando me deitei senti ele se movimentar na cama e, em questão de segundos, o braço de Justin já estava em cima de mim. Ele sempre me envolvia em meu sono e eu adorava me sentir protegida todas as noites.
    - Gatinha. – ele sussurrou.
    - Diga. – pedi.
    - Boa noite. – senti um leve beijo no pescoço.
    - Boa noite. – disse e me aproximei dele.

    (Justin narrando)
    - Jantar? – perguntei confuso.
    - É. É porque temos tanto ainda que resolver sobre o projeto... e vamos ficar até tarde discutindo isso. Vamos jantar em algum lugar legal. Apenas...como um jantar de negócios. – Camille disse.
    - Ah...tá bom. Então pode ser. Eu já volto. – disse e saí por um momento.
    Fui pegar um copo da água no escritório e resolvi ligar para Brooke para avisar o porque eu não iria pra casa a tempo para o jantar. Disse a ela que iria jantar no escritório mesmo porque teria muito trabalho para fazer. Não gostei de dizer isso. É horrível não jantar em casa.
    O dia inteiro foi tomado por decisões, cálculos, desenhos, etc. Tudo era muito cansativo, mas necessário. Acho que posso estar perto de ganhar um aumento.
    Já eram 20 horas. Camille queria sair para o jantar, mas eu consegui convencê-la de que devíamos comer ali mesmo. Pedimos comida japonesa e continuamos conversando sobre o projeto.

    (Brooke narrando)
    Pela voz de Justin no telefone eu sabia que ele não queria ficar lá. Então, decidi fazer uma surpresa. Passei em uma confeitaria e comprei o doce preferido dele. Um pedaço de torta de maçã. E ainda estava bem quentinha. Eu fui até o escritório dele e notei que maior parte do prédio estava desativado. Ele trabalha muito mesmo.

    (Camille narrando)
    - Então você acha que se a gente aumentar dois metros quadrados...
    - Ah...Justin, Justin. Vamos parar um pouquinho por favor? Isso cansa um pouco. – disse pra ele para ver se eu conseguia entrar em outro assunto.
    Ele ficou em silêncio e continuou a comer seu yakissoba.
    - Então... – comecei.

    (Brooke narrando)
    Finalmente descobri qual era o andar dele. Eu entrei no elevador e fiquei lá por um momento. Aquele prédio era realmente grande. Quando cheguei notei que a maioria das luzes do andar estavam desligadas, menos uma no meio do lugar. Eu andei até lá rápido, mas meus passos estavam sendo abafados pelo carpete.
    Quando cheguei aonde Justin estava meus atos não foram calculados. O pacote com o doce caiu e eu dei um gemido alto de susto. Abaixo daquela luz encontrei Justin beijando uma garota loira. Logo que me ouviram pararam o beijo, mas a cena ficou passando e passando em minha cabeça. Essa cena e outra que já havia acontecido a seis anos atrás.

    (Flashback)
    Entrei no restaurante para tirar meu namorado de lá, mas ao chegar lá vi ele num estado do qual acho que ele não queria sair. Ele e Ashley se beijavam de maneira...indescritível. Eu fiquei paralisada. Eles pararam de se beijar e logo depois Justin percebeu minha presença no restaurante. Ele arregalou os olhos como uma criança de 10 anos que acabará de ser descoberta comendo doces escondido. Minha reação foi a mesma de qualquer garota no mundo que passasse por isso. Correr.
    (Fim do flashback)
   Continua...

P.s.: Beliebers do mal. To com medo de vocês haha' ;)

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 8


    (Justin narrando)
    - Bom dia. – cheguei cumprimentando todos no trabalho.
    - Bom dia atrasadinho. – ouvi atrás de mim.
    Quando me virei me deparei com Camille.
    - Ah, oi Camille. – lhe cumprimentei com um beijo na bochecha e depois me voltei para minha mesa.
    - Que foi? – ela perguntou parecendo preocupada – Parece triste.
    - Não. Só estou meio cansado. Ontem foi um dia e tanto. – disse a ela com um leve sorriso – E aí? Temos uma planta para trabalhar, loirinha. – baguncei seu cabelo – Pegue suas coisas e venha pra cá. Vamos começar.
    - Tá. – ela riu.

    (Camille narrando)
    Ah, que lindo. Justin é tão fofo. Por que estou perdendo meu tempo? Ele deve gostar de mim também. Ele é tão legal comigo e pelo que eu saiba ele não tem namorada. Ok. Eu vou dar o próximo passo, mas não hoje. Tenho que estar mais preparada para isso. Eu vou me preparar!

    (Brooke narrando)
    Marie me liberou mais cedo hoje novamente para que eu arrumasse as coisas para o início da mudança. Eu comecei espalhando caixas e jornais na sala para empacotar alguns objetos frágeis e etc. Comecei com os objetos pequenos. Eu os embalava no jornal e colocava na caixa com cuidado. Não tínhamos tantos objetos frágeis na sala, então consegui encher uma caixa apenas com todos os objetos de decoração da casa.
    Quando fechei essa caixa peguei outra para começar com as revistas, DVDs e CDs que tínhamos em casa. Quando ia começar pegando as revistas a campainha tocou. Eu abri a porta e tive a maior surpresa da minha vida.
    - Oi. – Ashley disse entrando.
    - Mas o que... – ia perguntar enquanto fechava a porta.
    - Eu terminei mais cedo e Marie me liberou também. Aí como eu tava sem nada pra fazer eu vim te ajudar com a mudança. Não precisa agradecer. – ela se sentou no sofá e deu um sorrisinho.
    - Como descobriu meu endereço? – perguntei rindo.
    - Marie tem uma ficha sua. – ela respondeu catando algumas revistas e analisando.
    - E ela te mostrou?
    - Não, eu procurei enquanto ela tava no banheiro.
    - Por que apenas não perguntou?
    - Porque do outro jeito era mais divertido. Dã. – ela me fez rir.
    Ashley era muito estranha as vezes. O que era esquisito para uma patricinha.
    - O que está empacotando agora? – ela perguntou.
    - Revistas, CDs e DVDs. – disse pegando outras revistas que tínhamos guardados.
    - Interessante. CARA EU ADORO ESSA REVISTA. – ela gritou pegando uma edição de uma revista de moda que eu compro.
    - Eu também. Eu adoro a parte sobre maquiagem. Elas dão as melhores dicas. – comentei animada.
    - Você leu a edição sobre esmalte? – ela perguntou mais animada          que antes.
    - Eu li sim. Era sobre...
    - Cheguei. – ouvimos a porta se abrir e se fechar.
    Nos viramos e vimos Justin. Ele nos olhava parecendo pasmo.
    - O...o...que a... – ele tentava perguntar.
    - A Ashley veio me ajudar a empacotar a mudança. – respondi.
    - Ashley...que bom...te ver. – ele disse tentando soar verdadeiro.
    - É mentira. – ela disse.
    - É sim. – ele confirmou mordendo os lábios.
    - Tanto faz. Eu e Brooke estamos conversando sobre moda. Ou seja, saia daqui pra não deixar o assunto chato.
    - Com prazer. – ele disse saindo da sala e indo para o quarto.
    Provavelmente ele vai tomar banho agora, como faz assim que chega do trabalho.
    - Continua gatinho...mas não sei porque algo me repele dele agora. – ela disse.
    - Que bom. – disse e ri.
    Ela sorriu e depois voltou a comentar a revista comigo. Começamos a empacotar o resto das coisas e continuamos conversando e rindo. Quando terminamos já era 19 horas. Ashley se despediu e foi embora. Assim que a porta bateu vi Justin espiando do quarto.
    - Ela já foi? – ele perguntou.
    - Foi sim. – ri novamente.
    - Que bom. – ele saiu do quarto e veio até mim para me abraçar – Tava louco pra vim te abraçar. – ele me deu um beijo apertado na bochecha.
    - Como foi o trabalho hoje? – perguntei.
    - Foi tranquilo. – ele disse.
    - Que bom. – sorri e lhe dei um selinho.
    - Amor. – ele disse manhoso fazendo biquinho.
    - Que?
    - To com fome.
    - Novidade. – disse o soltando e indo direto pra cozinha.
    - O que vai fazer? – ele perguntou vindo atrás.
    - Comida.
    - Ah, sério? Mas que interessante. Acho que nunca comi isso antes.
    - Olha que legal. – disse sorrindo sínica.
    - É sério, gatinha. – ele se aproximou de novo – O que vai fazer?
    - Ainda não sei. E sai da minha cozinha se não a comida nunca vai sair.
    Ele fechou a cara de brincadeirinha e saiu da cozinha.
    Continua...

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 7


    A primeira porta dava acesso a cozinha. Era bem espaçosa e arrumada com eletrodomésticos novos. Saí logo da cozinha e no segundo cômodo encontrei uma sala de jantar. Estava me sentindo chique agora. Logo fui pro próximo cômodo, pulando uma porta, pois Justin estava parado na frente dela. Era nosso quarto. Tão lindo. Com um banheiro dentro do quarto organizado para o casal. O outro cômodo livre era o banheiro. Fui até Justin, que ainda estava parado na frente de uma porta. Ele me olhava estranho.
    - Que foi? O que você ta escondendo? – perguntei.
    - Já visitou todos os cômodos. Só falta este. – ele abriu a porta que deu para um quarto vazio.
   Entrei devagar. Olhei ao redor. Era totalmente vazio com paredes brancas e uma grande janela na parede que deixava a luz do Sol entrar. Eu não entendi o que era aquilo. Quartinho de bagunça? O que?
    - O que é isso? – perguntei ainda encarando o quarto.
    Ele me abraçou por trás e sussurrou em meu ouvido:
    - Esse...vai ser o quarto da terceira promessa.
    Sorri, me virei pra ele e perguntei:
    - Nosso filho? – senti meus olhos se encherem da água.
    - Nossa pulguinha. – ele sorriu.
    Encostei minha cabeça em seu peitoral e o abracei forte.
    - Você me faz a garota mais feliz do mundo. – disse.
    - Isso é música para os meus ouvidos. – ele disse calmamente enquanto me abraçava de volta.
    - Eu adorei o apartamento. – disse o soltando – Mas...pediu para que eu tirasse o resto do dia de folga...
    - É. Eu também pedi o resto do dia de folga. Pensei que pudéssemos ficar juntos. Sair ou ir pra casa. Sei lá. – ele deu de ombros.
    - Pode ser.

    - EU TE MATO ANIMAL. – comecei a corre atrás de Justin enquanto ele ria.
    - Mas eu te amo. – ele disse enquanto corria.
    - DANE-SE. – gritei antes de pular, cair no chão, agarrar seu pé e fazer com que ele caísse também.
    Engatinhei até ele e quando estava em cima dele comecei a lhe dar tapinhas.
    - Para. Para. – ele pediu rindo.
    - Eu te odeio. – disse até cansar de bater nele e levantar.
    - Mas eu tava só brincando. – ele disse.
    - Nunca brinque chamando uma garota de gorda. – avisei e me virei para sair do local.
    - Onde vai? – ele perguntou se levantando.
    - Na cozinha buscar pudim. Sabe por que? PORQUE EU SOU GORDA.
    - Volta aqui, gostosa. – ouvi ele gritando.
    Abri a geladeira para pegar o doce quando senti suas mãos em minha cintura, me abraçando lentamente e me puxando para mais perto dele.
    - Solta. – disse para parecer brava.
    - Senti tanta saudade de passar um dia assim. Com você. Não fazendo nada.
    - Claro. – fechei a geladeira após pegar o doce e me virei para ele lhe dando uma colherada de pudim na boca – Você só sabia trabalhar.
    - Hm...não é verdade. Sempre te dei carinho. – ele afagou meu cabelo com uma das mãos.
    - Sim. Carinho nunca faltou. Mas mesmo assim você trabalhava demais. – comi uma colherada.
    - Mas o importante para mim era trazer dinheiro pra casa e te fazer feliz. Consegui fazer os dois, não consegui?
    - Conseguiu, bebê. – lhe dei um selinho.
    - Obrigado. – ele sorriu de leve.
    Ficamos um tempo em silêncio até que resolvi dizer:
    - Desculpa.
    - Pelo que? – ele perguntou parecendo confuso, mas eu sabia que ele sabia o porquê.
    - Você trabalhava pra pagar as contas, a comida, todos os meus pertences sozinho e eu reclamando. Eu só tenho que lhe agradecer, bebê. Desculpa.
    - Tudo bem, amor. Eu entendo. Eu realmente trabalhava demais. Sei que você não reclamava com maldade. – ele passou a mão em meu rosto.
    - Eu te amo. – disse sorrindo.
    - Eu também, princesa. – ele puxou meu rosto e me deu aquele beijo.
    Após o beijo eu lhe empurrei e continuei comendo meu pudim. Ele mordeu os lábios num sorriso e ficou me olhando.
    - Que foi? – perguntei – Pudim é bom.
    - To começando a ficar com ciúmes desse pudim.
    - Idaí? – perguntei.
    - E você sabe o que acontece quando eu fico com ciúmes, não é?! – ele começo a se aproximar.
    - Não. MEU PUDIM NÃO. – disse afastando um passo, mas logo ele tirou o pudim de minha mão, o jogou na pia e me puxou para ele.
    - O que vai acontecer é bem melhor que pudim. – ele começou a me beijar novamente.
    Me puxando pela cintura ele me levou até nosso quarto. Ele me jogou na cama e veio para cima de mim. Começou a me beijar de uma maneira mais quente, me deixando sem fôlego. Tudo estava bem. Eu estava no clima. Mas no meio daqueles beijos eu senti uma dor esquisita. Era no pé da barriga. Cólica. Ótimo.
    Reclamei de dor e Justin logo parou.
    - Tá tudo bem? – ele perguntou preocupado.
    - Não. To começando a sentir cólica. – ele continuou me olhando preocupado – Desculpa amor, mas não vai rolar. – me deitei e suspirei.
    - Tudo bem. – ele deu um beijo em minha testa, se jogou ao meu lado na cama e me abraçou.
    - Obrigada. – eu disse me aconchegando em seu peitoral.
    Continua...

domingo, 15 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 6


    - Não. Amigas não. Só não vamos nos meter uma na vida da outra. Mas e aí? Vamos falar de você? Como foi o trabalho hoje? – perguntei me aproximando.
    - Bem cansativo. – ele fez uma cara exaustiva.
    - Hm, tá cansado, é?! – disse com malicia.
    - To sim.
    - Hm. Então você só trabalhou ou foi ficar com sua amante também?
    - Ah é. Eu fui fazer uma visitinha pra ela hoje. Sabe como é né?! – ele arqueou as sobrancelhas.
    Dei um tapa em seu braço e quando estava prestes a sair de lá ele me puxou fazendo com que eu caísse em cima dele, fazendo ele se deitar.
    - Você é um chato. – disse sorrindo com meus lábios cada vez mais próximos dos deles.
    - Você sabe que eu gosto mais de você do que da minha amante, né?! – ele brincou me trazendo pra mais perto.
    - Safado. É isso que você é. Safado. – disse tentando me afastar, mas sendo puxada.
    - Tá falando o que? Sei que você tem um amante também. - ele provocou.
    - É. Tenho sim. E ele é...
    - O que? Ele é o que? Diz. – ele pediu pela provocação.
    - Ele é muito...
    - Cala a boca. – ele me puxou e me calou com o melhor beijo do mundo.

    (Uma semana depois)
    Hoje pedi para Marie para tirar o resto do dia de folga. Justin pediu para que fosse a uma restaurante ali perto e que depois ele precisaria de mim durante o resto do dia. Como eu já estava bem adiantada com o trabalho, Marie me liberou sem ao menos pensar.
    Cheguei ao restaurante e encontrei Justin a mesa mexendo em seu celular e tomando uma bebida de cor verde. Me sentei na mesa, o que chamou sua atenção, e logo que me viu ganhei um sorriso.
    - Oi. – ele disse sorrindo esquisito.
    - O que você tá escondendo, hein? – perguntei logo percebendo que algo de estranho estava acontecendo – Resolveu me apresentar sua amante e antes disso tá tentando me agradar?
    - Linda. – ele disse sínico me deixando mais curiosa – Já pedi pra gente. Sei do que gosta.
    - E você deveria saber que eu odeio ficar curiosa.
    - Paciência. Com paciência tudo no final vale a pena. – ele disse e se aproximou puxando meu queixo de leve e me dando um selinho.
    Decidi tentar não ligar, mas foi difícil, pois durante todo o almoço ele ficou fazendo mistério. E como vingança eu pedi bebidas caras, sobremesa e fiz ele pagar tudinho. Após o almoço ele me pôs dentro do carro e me levou para um bairro diferente. Antes de entrar no bairro ele parou o carro e decidiu me vendar. Eu quase o mordi de raiva por me deixar tão curiosa, mas me controlei.
    Senti o carro se movimentar novamente. Depois de mais ou menos uns dois minutos e meio o carro parou novamente. Ouvi a porta dele bater e depois a minha se abriu. Justin me tirou do carro e começou a me guiar pela calçada.
    - Pra onde estamos indo? – perguntei pela milésima vez.
    - Você vai ficar muito feliz. – ele disse em meu ouvido.
    - Justin, por favor, estou ficando com medo.
    - Que mal eu poderia lhe causar? – ele parou de me guiar e senti sua respiração próxima ao meu rosto – Eu te amo. – senti seus lábios quentes sobre os meus me aliviando – Agora venha. – ele voltou a me guiar.
    Logo paramos. Ouvi um barulho de porta. Isso me deixou mais curiosa. Ele me guiou novamente e depois ouvi a tal porta se fechar. Justin me puxou mais ou menos mais uns 10 passos para a frente. Um barulho. Um pequenho tinido. Estávamos dentro de um elevador. Isso era certeza. Ele me guiou para fora do elevador e me parou por um momento enquanto outro barulho de porta, dessa vez acompanhado com barulho de chaves, soou. Fui puxada para um outro novo local. Após mais uns 5 passos ele me parou e me posicionou.
   - Preparada? – ele perguntou me deixando mais nervosa.
   - Vai logo, Justin. – disse mais nervosa.
   - Um, dois, três. – ele contou antes de me desvendar.
   Eu estava dentro de um apartamento todo mobilhado. Os móveis eram lindos e eu estava no que parecia ser uma sala.
   - O-o...o que é isso? – perguntei e me virei para ele.
   Ele me mostrou um documento e disse:
   - É nosso.
   - O que? O apartamento? O...apartamento é nosso? – ainda não acreditava.
   - Inteiramente nosso. – ele sorriu.
   Me virei novamente para o apartamento e encarei tudo maravilhada. Uma lágrima desceu de meu olho. Me virei para Justin e pulei em seus braços.
   - É nosso? Não é alugado? É só nosso?
   - É sim, meu amor. – ele disse rindo.
   - Mas...mas... – ia contestá-lo sobre como ele o conseguiu.
   - Todos os meses eu guardava parte do que eu ganhava numa poupança no banco e ela rendia bastante. Esse prédio foi construído pela empresa que eu trabalho e eu ajudei a desenhá-lo, então ganhei um bom desconto nele.
   - Jus...isso significa...
   - Que eu cumpri com uma das promessas. – ele sorriu mais ainda – Mereço ou não mereço um beijo?
    - Quantos você quiser. – corri para seus braços de novo e o beijei.
    - Hey, hey. – ele me parou após um longo beijo – Vamos conhecer nosso novo apartamento.
    - Tá bom. – disse logo o soltando e correndo para o primeiro cômodo.
    Continua...





P.s.: Vocês são umas observadoras danadinhas ;) Haha'  Galera eu to viajando agora e parece que por causa de uns compromissos dessa viagem eu não vou poder postar nem amanhã nem terça. Mas vai ser só esses dias. É até bom que eu vou poder dar umas melhoradas nos próximos capítulos e até escrever mais! Obrigada pela compreensão de todas. Vocês são umas fofas ^^

sábado, 14 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 5


    Não cheguei a ler a apostila toda, pois as ideias para desenhar explodiram em minha cabeça. Fiz três croquis completos e caprichados até dar a hora do almoço. Marie invadiu a sala e trouxe almoço para nós. Marie com certeza deve ser a melhor chefe do mundo. Simpática, legal, divertida.
    Ela puxou uma cadeira que havia no canto da minha sala e da Ashley e almoçou conosco. Conversávamos sobre o estilo de roupa que gostávamos mais, o que achávamos ridículo na moda e sobre nossas próprias vidas. Contei sobre Justin, o quão lindo ele era e sobre o quanto eu o amava. Marie ficou impressionada sobre o que contei dizendo que achar homens assim era difícil.
    Coincidentemente recebi uma mensagem de Justin quando ele era o assunto.
    “Adivinha em quem estou pensando?”
    Respondi:
    “Em Abraham Lincoln?”
   
Ele logo respondeu:
    “Claro que vou pensar em um velho ao invés de pensar na minha garota. To com saudades”
   
Depois de suspirar, enviei:
    “Eu também estou, gatinho. Te vejo mais tarde.”
   
Ele finalizou a conversa com um:
    “Mal posso esperar ;)”
   
Depois que o horário do almoço terminou, voltei a trabalhar. Até que escuto um barulhão.

    (Justin narrando)
    - Então acho melhor passarmos a sala verde para esse lado, pois esse lado vai estar cheio de executivos e tudo mais. A sala verde precisa ser uma área liberada. – Camille disse indicando com a ponta do lápis o que ela queria dizer.
    - Ah, não tinha pensado nisso. – disse analisando a planta – A gente podia aproveitar então e botar os banheiros perto da sala verde, não é?!
    - Claro. Imagine só, um executivo apertado tentando entrar no banheiro no meio de uma muvuca. – ela deu um risinho.
    - Fala sério, o cara se molharia. – disse imaginando a cena, fazendo careta e fazendo Camille rir.
    Dei um sorrisinho e depois meu olhar foi até o relógio.
    - Caraca, já são 20 horas? – olhei pasmo pro relógio.
    - Que foi? – Camille perguntou.
    - To atrasado pra assistir TV. – brinquei – Tchau. – dei um beijo na bochecha dela e sai correndo com minha mochila nas costas.
    Tomara que eu chegue em casa e minha Brookeijo esteja sexy segurando um prato de espaguete com o controle remoto na mão. A cena perfeita.
    Ao chegar em casa pude sentir o cheirinho de carne. Não era uma simples carne. Era almôndegas. Cheguei na cozinha e me ajoelhei.
    - Obrigado. – disse olhando pra cima.
    - Que foi, doido? – Brooke perguntou rindo.
    - É a terra prometida. – disse me levantando e indo até ela – Você é a mulher mais perfeita do mundo. – lhe dei um beijo.
    Era incrível beijar esses lábios todos os dias, mas sentir falta deles por míseros segundos.
    - Só porque estou fazendo seu prato preferido? – ela perguntou duvidando do meu amor incondicional.
    - Está duvidando de mim? Está senhorita Brooke futura Bieber? – cheguei mais perto – Você é só minha razão. Eu faria de tudo para por um sorriso em seu rosto. Até mesmo me matar. – sentia sua respiração fraca pela nossa aproximação.
    - E desde quando te ver morto me deixaria feliz? – ela perguntou.
    - Eu não sei. – respondi – Só sei que faria de tudo. Tudo mesmo.
    - Príncipe. – ela sussurrou antes de me beijar.
   Depois de um longo beijo ela me afastou e pediu para que eu saísse da cozinha, pois eu era distração para ela. Então fui para a sala e fiquei assistindo TV, até ela chegar com nossa janta. Estava delicioso como todos os pratos que ela prepara. E eu dizia que Deus não gostava de mim. Obrigado Deus. Você não poderia ter me dado presente melhor.
   Ela levou os pratos para a cozinha e depois voltou para a sala, se sentando do meu lado.
    - E aí? Como foi o primeiro dia de trabalho? – perguntei afagando seus cabelos.
    - Você não vai acreditar. – ela começou me deixando curioso.
    - O que? – me endireitei para ouvir sua história.  
    - Sabe quem é minha “coleguinha” de trabalho? – ela perguntou com uma expressão estranha.
    - Quem? – perguntei mais curioso que antes.
    - Começa com V e termina com aca. – ela conseguiu tirar a curiosidade de mim e me deixar confuso.
    - Seria...
    - Lembra da Ashley?
    - Ashley? Pra falar a verdade não. Conhecemos alguma... Minha nossa. – disse ao me recordar de quem era Ashley.
    Brooke riu ao ver minha reação. Mas essa reação foi também pelo fato de eu ter me lembrado de tudo o que aconteceu entre Ashley e nós. Isso me deixou culpado e com uma dor no estômago, daquelas que dá quando você sabe que fez besteira.
    - Meus pêsames, docinho. – disse com a expressão tomada pela tristeza.
    - Tudo bem. Hoje aconteceu algo que vai me ajudar bastante a me dar com ela. – ela possuía um sorriso vitorioso na face.
    - Como o que?
    - Eu estava terminando meus novos desenhos até que eu escutei um barulhão. Tinha vindo da segunda sala que fica na nossa sala. Ashley tava lá e ela tava fazendo um escândalo. Quando eu cheguei lá, ela tinha se cortado sem querer, com a tesoura, na palma da mão. Eu fui lá e ajudei e aí a gente entrou num acordo.

    (Flashback)
    - Tá, então, ninguém insulta ninguém, não se mete no trabalho de ninguém e nem na vida de ninguém. – eu disse.
    - Tá. Feito. – ela disse e estendeu sua mão para que eu apertasse como se tivéssemos selando um acordo.
    Eu fui apertar sua mão, mas apertei com força sem perceber que era a mão machucada. Ela deu um gemido de dor e eu logo me desculpei. A gente ficou se olhando estranho e depois começamos a rir. O que foi estranho.
    (Fim do flashback)

    - Então você e a Ashley viraram amigas? – ele perguntou surpreso.
    Continua...

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 4.


    (No dia seguinte)
    Eu estava voltando do trabalho pra casa. Hoje tivemos um dia cheio. Quando digo “tivemos”, digo Camille e eu. Carlos nos pôs para trabalhar juntos. Ela é boa no que faz, sem querer me gabar, assim como eu. O projeto que tínhamos em mão era enorme, mas ambos tínhamos muitas ideias para ele. Eu dobrei a esquina para chegar até o apartamento que ficava no final da rua. Quando eu estava chegando, avistei Brooke, toda sorridente, aparecendo no final da rua.
    Ela me viu e abriu um grande sorriso.
    - JUSTIN. – ela gritou correndo em minha direção.
    Ela pulou em meus braços e eu a girei para segurá-la.
    - O que foi? – perguntei assustado com a animação.
    - Você não vai acreditar, Justin. Não vai. – ela dizia mais animada que antes.
    - O que? Fala logo! – pedi curioso.
    - Hoje eu fui fazer uma entrevista de emprego e a mulher me adorou. Ela gostou tanto dos meus desenhos que já me contratou. EU CONSEGUI MEU EMPREGO. – ela levantou os braços.
    - Conseguiu seu emprego como estilista? – perguntei animado por ela.
    - Não, como urso de circo. É CLARO QUE SIM. – ela zombou de mim.
    - Meu bem. – a abracei forte – Isso é tão bom. Parabéns.
    - Obrigada. – ela retribuiu o abraço forte.
    - É tão bom te ver feliz, meu amor. – disse a soltando e sorrindo tanto quanto ela.
    - Está realmente feliz assim?!
    - Mas é claro. Você batalhou tanto. Era o que você mais queria. – ela sorriu e seus olhos brilharam – E ver você assim... – passei minha mão em seu rosto – É a melhor coisa do mundo pra mim.
    Ficamos nos olhando por um tempo, apenas sorrindo, até que puxei seu rosto para um beijo.
    - Temos que comemorar. – disse após o beijo.
    - Tudo bem. Como? – ela perguntou animada.
    - Você que decidi. – disse a encaminhando pra casa.
    - Tanto faz. Com tanto que estejamos juntos. – ela se encolheu perto de mim fazendo eu a envolvê-la.
    - Brookeijo, sempre vamos estar juntos.
    - Vamos sim. – ela sorriu.

    Naquela noite fomos a um restaurante chique. Mas restaurante chique comigo e com Brooke não é a mesma coisa. As pessoas ao redor se comportam enquanto rimos alto, conversamos, comemos de qualquer jeito, etc. Voltando pra casa passamos em uma sorveteria. Voltamos pra casa tomando sorvete e rindo como sempre. Por último fomos ao parque. Lá, nos deitamos na grama e ficamos olhando para as estrelas com nossas mãos dadas e dedos entrelaçados.
    Voltamos pra casa exaustos. Apenas tiramos os sapatos e nos deitamos abraçados.
    - Eu te amo. – ela sussurrou.
    A se ela soubesse como adoro ouvir isso dela.
    - Eu também te amo, minha princesa. – disse e lhe dei um beijo na testa.

    (Brooke narrando)
    - Está pronta para o trabalho? – Marie me perguntou.
    - Mais do que pronta! – afirmei.
    - Ótimo. – ela disse – Venha, vou lhe mostrar sua sala.
    Ela me levou até uma porta dupla. Ela abriu e lá pude ver um espaço super organizado e com tudo que uma desenhista precisa para trabalhar.
    - Nossa. – exclamei impressionada.
    - Essa aqui é sua mesa. – ela apontou para uma das mesas na sala.
    Havia duas mesas lá.
    - Terei uma colega de sala? – perguntei deixando minha bolsa sobre a mesa que ela me indicou.
    - Sim. Ela também é ótima com a moda. Assim como você. Você e ela serão meus braços direitos aqui dentro.
    - Legal. Quando vou conhecê-la? – perguntei curiosa.
    - Ah, ela chegou. Querida, essa é Brooke, sua companheira de trabalho. – me virei para vê-la e tive um baque – Brooke, está é...
    - Ashley? – perguntei pasma.
    - Gótica? – Ashley disse tão pasma quanto eu.
    - Se conhecem. Que legal. – Marie disse enquanto Ashley e eu nos encarávamos.
    Um telefone tocou e isso fez com que Marie saísse e nos deixasse a sós.
    - O que você tá fazendo aqui, gótica? – Ashley perguntou nojenta.
    - O que VOCÊ tá fazendo aqui? – perguntei – Não basta ter tentado roubar meu namorado, também quer meu emprego?
    - Por favor. Marie me contratou porque sou boa.
    - E porque você acha que ela me contratou?
    - Simples. Puro equivoco. – meu sangue começou a ferver – Por que alguém contrataria alguém como você?
    - Você quer dizer alguém que tem um cérebro. Diferente de uma certa loira oxigenada que está parada na minha frente com cara de pata?
    - Ah, por favor, Brooke. Não perca seu tempo tentando me deixar pra baixo.
    - Não to tentando. É como falar bom dia. – sorri sínica.
    Marie então entrou na sala e tivemos que parar com os insultos. Marie nos passou uma apostila falando como estava a coleção de outono atual e nos pediu para que fizéssemos nosso melhor com os croquis. Ashley continuou me insultando enquanto eu apenas me sentava, abria a apostila e dava uma analisada. Ashley finalmente desistiu depois de um tempo e resolveu trabalhar também.
   Continua...

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 3.


    - Pode dizer. – soei confiante.
    - Primeiro, preciso que você me entregue a planta da casa daquela senhora até o fim do dia.
    - Tudo bem, a planta está quase pronta.
    - Ótimo.
    - E qual é a outra coisa? – perguntei curioso, pois o único projeto que ele havia me passado era dessa tal casa.
    - Camille, pode vir aqui? – ele chamou uma menina de cabelos loiros, olhos azuis e pintinha charmosa perto da boca.
    - Sim. – ela disse com um sotaque ao chegar.
    - Camille, este é Justin. Ele já trabalha conosco ha algum tempo. Justin, está é nossa nova contratada, Camille. Preciso que mostre tudo para ela aqui e explique seu trabalho.
    - Tudo bem. Prazer em conhecê-la. – estendi minha mão para ela, que sorriu meiga e a apertou minha mão de volta.
    - Agora preciso ir. Tenha um bom tour pela empresa. – Carlos desejou a Camille.
    - Obrigada. – ela disse novamente com sotaque.
    - Então, Camille. Vamos começar? Vou te mostrar apenas os andares importantes para você e para sua função aqui na empresa. Tudo bem?
    - Tudo. – seu sotaque me soava fofo.
    - Então...de onde você é? – perguntei enquanto nos encaminhávamos para o elevador.
    - Sou de Bordeaux, na França. – ela disse com um leve sorrisinho.
    - Ah. Notei que tem um sotaque diferente.
    - Também notei que tem um sotaque diferente. Não é italiano. De onde é?
    - Sou do Canadá. – dei um leve sorriso enquanto me lembrava de minha casa e do que me trazia saudades.
    Virei meu olhar para Camille, que havia ficado em silêncio e a vi sorrindo. Sorri de volta.

    (Brooke narrando)
     Acordei devagar e notei que dormi mais que devia. Eu havia sentado para estudar as 15 horas e agora são 17 horas. Resolvi ir até a sala ver como Justin estava e notei que ele não estava lá. Onde ele foi?
    Quando fui coçar minha cabeça, notei que meu mindinho passou em algo que estava em minha testa. Passei a mão e tirei de lá um post-it.
    “Tive que ir para o trabalho. Te amo.”
   
Viado. Tinha que colar o post-it na minha cabeça? Corno. Fui até o banheiro, lavei o rosto para acordar e voltei para minha cama para estudar. Quando peguei no livro, meu celular tocou. Fui atendê-lo e vi nele um número desconhecido.
    - Alô. – atendi.
    - Brooke?! – uma voz feminina perguntou.
    - Sim.
    - Oi, meu nome é Marie Di Angelo. Você passou aqui na Maison mais cedo e me entregou seu currículo.
    - Ah sim. Tudo bem?
    - Sim, obrigada. Bem, estou ligando para ver se podemos marcar uma entrevista para amanhã.
    - Claro, podemos sim.
    - Então, apareça aqui amanhã as 15 horas na Maison. Tudo bem?
    - Tudo bem. Vou estar aí.
    - Então, nos vemos amanhã. Tchau.
    - Tchau.
    Beleza. Se ela marcou esta entrevista é porque ela gostou do meu currículo. E isso significa meio caminho andado.

    (Justin narrando)
   Cheguei em casa, joguei a mochila no sofá da sala, corri pro quarto e me joguei na cama. Tirei os sapatos com os próprios pés e fui engatinhando até Brooke.
    - Oi amorzinho. – disse.
    - Hm. – ela respondeu seca.
    - Que foi? Aconteceu alguma coisa?
    - Sim, meu namorado é um animal que cola post-it na testa da namorada. – ela me fez rir.
    - Vai fazer algo a respeito disso? – perguntei com um sorriso zombador no rosto.
    - Já fiz. Te xinguei até. – ela respondeu como se dissesse “Bom dia”.
    - Me xingou do que? – perguntei.
    - Viado, corno...
    - OPA. – sai de seu colo e fiquei de frente pra ela – Viado não. E corno... Você por acaso está entregando que você tem um amante?!
    - Assim como você. – ela disse.
    - É. Ela é muito gostosa. – disse brincando e ganhando uma travesserada.
    - PARA. – ela pediu brava.
    - Que foi? – perguntei rindo.
    - Justin, se você tem uma amante é porque você está a procura de algo que você não tem em casa. E se ela é...”gostosa”...
    - Hey...quem disse que você não é? – disse indo pra cima dela.
    - Sai. Se afasta. – ela pediu, mas sem sucesso.
    - Rawr. – fiz ela rir.
    Encostei a pontinha da minha língua em seus lábios, mas ela virou o rosto fazendo com que aquele beijo não ocorresse.
    - Eu to com fome. – disse tentando virar seu rosto pra mim como se minha mão fosse uma pata. Ela ria e se encolhia debaixo de mim.
    - Tem ração no seu potinho. Vai lá.
    - Mas eu quero beijinho. – cheguei o rosto mais perto.
    Ela me empurrou e saiu correndo pra fora do quarto. Fui atrás dela e a alcancei fácil. Comecei a dar beijinhos apertados em seu pescoço.
    - Para, Justin. Você sabe que sinto cosquinha assim. – ela disse rindo.
    A derrubei no sofá e fiquei por cima de novo.
    - Rawr. – disse de novo.
    Ela era presa fácil, e eu adorava isso. Encostei nossos lábios e consegui o beijo que eu queria. Após o beijo eu me levantei e a puxei para meus braços.
    - Minha gatinha felina. – dei um beijo no alto de sua cabeça.
    - Eu te amo...seja lá que bicho você for.
    - Eu sou o rei. – levantei os braços como sinal de vitória.
    - Sei. – ela disse rindo.
    Ela piscou pra mim e deu um leve sorrisinho. Assim o mano pira. Puxei seu rosto pra mim e dei nela um selinho demorado.
    - Agora é sério. – disse a deixando séria – To com fome. – ela sorriu e se levantou indo até a cozinha.
    Quando ela voltou, voltou com um sanduiche e com um copo de suco. Ela me deu o prato e pôs o copo na mesinha de centro da sala.
    - Obrigado, Brookeijo. – pisquei pra ela e mandei beijinho.
    Ela mandou outro beijinho e voltou para o quarto, provavelmente para estudar. Eu terminei de lanchar e fui trabalhar também. Além de Carlos ter me passado outro projeto, eu estava trabalhando em um projetinho a mais.
    Continua...

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 2.


    - Eu tive outro pesadelo com bebês.
    - Bem, vamos analisar. O primeiro pesadelo foi com um bebê gigante e que fazia o papel do King Kong nos levando pro alto do Empire States. O segundo era um bebê godzila. Imagino que o terceiro tenha sido com um bebê do jurássico.
    - Para de zombar. É sério. Ter pesadelos com bebês não é normal, e é o meu terceiro seguido. O bebê de hoje era menor que os dos outros pesadelos, mas você tava no sonho dessa vez e ele levou você embora. Pra longe de mim. – disse a última frase com uma voz tristonha.
    - Que fofo. – ela veio até mim com a caixa de leite já aberta.
    Ela encheu meu copo e depois passou a mão no meu cabelo.
    - Fica frio, gatinho. Vai passar.
    - E se não passar? – perguntei antes de começar a beber o leite.
    - A gente arranja um psicólogo pra você. Ela vai decifrar seus sonhos e identificar o problema, mas acho que não precisa de ser um psicólogo pra decifrar esses sonhos. – ela disse guardando o leite na geladeira.
    - Como assim? Você sabe o que pode significar? – perguntei curioso.
    - Justin, bebês demoníacos que arranjam tragédias na sua vida. É claro que você tá com medo.
    - Medo?
    - É, medo. – ela disse parecendo estar sem paciência e saindo da cozinha.
    - Medo do que? – disse depois de deixar o copo de leite na cozinha e ir atrás dela.
    - Medo de...cumprir a terceira promessa. – ela parou no meio da sala e se virou pra me olhar.
    A terceira promessa. Vejamos, a primeira era ter uma casa só nossa. A segunda era nos casar. E a terceira...
    - Eu não to com medo de ter filhos. – disse.
    - Claro que tá. Pesadelos com bebês surgindo do nada?! Isso não é normal.
    - Tá, então digamos que fosse medo disso. Por que eu estaria com medo disso agora? Eu não ando pensando nisso e eu nem cumpri as duas primeiras promessas ainda.
    - Bem lembrado. – ela cruzou os braços e passou a me encarar.
    - Eu vou cumprir. Tá bom?! Todas as três promessas.
    - Quero só ver. – ela me desafiou.
    - É fácil. Eu só preciso de uma casa, um anel e um esperma.
    - Justin! – ela me chamou a atenção.
    - Não é isso que quer?
    - Tecnicamente sim, mas veja isso tudo por um lado mais romântico. Quero morar numa casa que seja nossa, quero me casar com você e quero ter um filho com você. Ou seja, quero uma vida com você. Não quero uma casa, um anel e um esperma.
    - É tudo a mesma coisa.
    - To vendo que você não tem tanto interesse nisso. – ela virou o olhar que agora parecia chateado.
    - Ter uma vida com você? – comecei a me aproximar – Claro que quero ter uma vida com a minha gatinha. – a abracei – Minha Brookeijo. Brooberry. Brooneca. Broo...
    - Dá pra parar? – ela pediu rindo.
    Eu dei um beijo demorado na bochecha dela e ouvi um risinho vindo dela novamente. Ela se virou e me abraçou, recebendo de mim um abraço mais apertado. Sabe a minha vida? É simples, minha vida gira em torno da felicidade da Brooke. O que essa garota me deu após aquelas viagem de trem foi uma prova de que ela me ama, e tudo que quero fazer hoje é devolver isso a ela, fazer com que ela saiba que a amo tanto quanto ela me demonstrou. Ela apenas fugiu pra viver comigo, que não tinha dinheiro, casa, nada. Só tinha meu pai, mas ela veio comigo e não pareceu se arrepender. Tudo bem que ela tentou ir embora no ano passado, mas foi porque ela achava que eu não correspondia ao amor dela, mas eu correspondo.
    Toda vez que a vejo triste, cabisbaixa, chateada, ou qualquer sentimento do gênero, eu me sinto no dever de fazer com que naquele rosto surja um sorrisinho, por mais pequeno que seja. A verdade é que...por mais que hoje eu tenha um emprego, um carro...nada importa. Na minha cabeça, a Brooke é tudo que eu tenho. E acabei de me lembrar que prometi três coisas à ela. Eu não posso enrolá-la.
    - Agora, eu tenho que trabalhar. – disse a soltando e dando um beijo em sua testa.
    - Você trabalha de mais. – ela reclamou.

    (Brooke narrando)
    Pelo menos ele trabalha. Eu preciso arranjar um emprego logo, antes que eu fique jogada às teias. Eu não tenho o que fazer durante o dia, então eu costumo agir como se eu trabalhasse. Eu desenho croquis o dia inteiro. Não sei se meus croquis são bons pelo fato de nunca ter trabalhado e nunca ter recebido a opinião de ninguém, mas eu tinha uma pasta cheia deles. Separados em inverno, verão, outono e primavera. Roupas das quais eu nunca pensaria em usar há seis anos atrás, quando eu só usava roupas neutras.
    Hoje eu continuo usando roupas dessa cor, mas costumo usar vestido, echarpes, saias, enfim...o que eu nunca usaria. Justin também mudou o jeito de se vestir. A diferença é que agora ele aderiu roxo, azul marinho e branco para suas roupas. E quando ele vai trabalhar ele usa óculos. Ele não precisa, mas gosta de usar enquanto trabalha. Fofo.
    Agora, ele estava sentado numa mesa no canto da sala, desenhando plantas e etc. Eu nunca entendi muito bem o que ele faz ou como ele faz. Os meus tipos de desenhos são outros.
    Eu decidi estudar antes de fazer o almoço. Na verdade, eu sempre estudo até o Justin vir até mim fazendo biquinho e anunciando apenas com o olhar que estava com fome. Eu fiz lasanha hoje. Apenas por estar morrendo de vontade de comer uma. Almoçamos na sala como sempre e após deixarmos os pratos de lado, Justin deitou sua cabeça em meu colo enquanto iniciava sua soneca da tarde. Ele dormiu, me levantei para lavar a louça e para continuar estudando.

    (Justin narrando)
    Não consegui tirar minha soneca direito hoje. Aquele sonho com o bebê me afetou de verdade. Fui até o quarto e vi Brooke deitada em cima de um livro tirando um cochilo. Sorri.
    Meu celular começou a tocar, fazendo eu correr para atendê-lo para que Brooke não acordasse. Era meu chefe. Ele disse que precisava de mim no escritório agora. Troquei apenas a bermuda por um jeans e pus um casaco. Eu não queria acordar Brooke para avisar que iria sair, então deixei um recado no post-it e colei na testa dela. Ela vai ficar brava. Eu ri.
    Cheguei ao escritório e fui até minha mesa. Deixei lá em cima minhas pastas e minha mochila e logo fui chamado.
    - Justin. – me virei e me deparei com Carlos, meu chefe.
    - Sim. – disse.
    - Vou precisar de você para dois trabalinhos hoje. – ele disse.
    Continua...

terça-feira, 10 de julho de 2012

Happiness. Capítulo 1.

    Happiness é a continuação de...*TAMBORES*...Rolling In The Deep o/. Essa música é da cantora Alexis Jordan e é bem legalzinha (vale a pena parar um tempinho pra dar uma curtida, se quiserem). Espero que gostem beliebers :)


    - Qual o significado da palavra...amor? – perguntei entrelaçando meus dedos aos dedos dela.
    - Eu acho que...quer saber?! Não sei. To muito ocupada amando você. – ela disse sorrindo pra mim.
    Eu sorri pra ela e me aproximei para beijá-la, até que eu ouvi um gritinho e senti a mão dela se soltar da minha. Eu abri os olhos e não a vi na minha frente. Me levantei, olhei ao redor, e nada dela.
   - BROOKE. – gritei ficando de pé e a procurando ao redor.
    Enquanto eu rodeava o local com os olhos, algo no chão me chamou a atenção. Um bebê. Um pequeno bebezinho.
    - Demoniozinho, cadê a Brooke? – ao invés de responder o bebê deu uma risada gostosa – Cadê ela? – perguntei preocupado, mas fazendo o bebê rir novamente.
   - Papai. – o bebê disse me olhando.
   - Pa...pa-pa...pa...papai?! – perguntei confuso.
   - Papai. – o bebê começou a engatinhar até mim, enquanto eu me afastava.
   O bebê foi mais rápido que eu, e quando segurou em meu pé, me olhou com uma cara demoníaca e fez com que eu caísse em um buraco que surgiu de repente debaixo de mim.

    - NÃO. – acordei com a respiração ofegante.
    Que idiotice. É meu terceiro pesadelo com bebês. Por que isso? É melhor eu falar com Brooke. Olhei pro lado, mas não a vi. Me levantei, rodeei o apartamento inteiro, mas ainda assim não à encontrei. Onde está minha namorada?

    (Brooke narrando)
    Calma, Brooke. Calma. Você já espalhou currículos por toda cidade, você vai ser chamada. Ah...quem eu quero enganar? Moda em Milão? É o que as jovens mais estudam hoje. Achar um emprego aqui vai ser difícil. É melhor voltar pra casa. Eu virei as esquina, até que algo me chamou a atenção. Dei três leves passos pra trás e passei a encarar o que havia do outro lado da rua.
    Era uma construção que estava quase sendo finalizada, onde havia uma placa escrita:
    “Maison Di Angelo: Procura-se funcionários.”
    É uma Maison, então é da minha área. Eu dei um suspiro longo até decidir atravessar a rua. Ao entrar na construção vi uma mulher dando ordens aos trabalhadores. Ela era alta e bem arrumada. Com certeza era a dona.
    - Com licença. – disse com firmeza, mas também com uma pontada de medo.
    - Sim. – ela disse vindo até mim com pequenos e leves passos.
    - Ér...eu vi a placa e vi que está contratando.
    - Sim. – ela deu um sorriso simpático – É formada em moda?
    - Sim. – respondi com um leve sorriso.
    - Há quanto tempo?
    - Há um ano.
    - E o que faz desde então?
    - Estudo, desenho, procuro emprego...mas essa procura está sendo mais difícil do que eu imaginava.
    - É, sei bem. – ela concordou com uma expressão de lamento – Você tem um currículo?
    - Tenho sim. – disse abrindo uma pequena pasta que levava comigo e entreguei a ela uma das várias fichas de currículos que eu possuía ali.
    - Hm...Brooke...Ok, Brooke. Vou dar uma analisada no seu currículo e depois te chamo pra uma entrevista mais formal. Só que agora, eu estou enrolada com as reformas e...é.
    - Obrigada. – disse com um sorriso parecendo satisfeito, mas já sabendo que aquilo era só mais uma tentativa frustrante.
    Eu saí de lá e fui direto pro supermercado.

    (Justin narrando)
    Eu me sentei no sofá e deixei a TV ligada, por mais que comprimisse meus olhos e os esfregasse com as mãos. Eu ainda estava confuso com aqueles pesadelos, minha namorada sumiu do nada e não tem leite. A única coisa boa referente a hoje é que é sábado e eu não tenho que trabalhar. Será que estou ficando louco?
    Ouvi o barulho da porta que fez com que eu levantasse em um salto.
    - Gatinho, eu trouxe seu leite. – Brooke disse balançando a sacola.
    - Onde você estava? – perguntei a seguindo até a cozinha.
    - Eu te disse ontem. – ela disse deixando sua bolsa e a sacola do supermercado sobre a mesa da cozinha.
    - Não disse não. E o que basta repetir? Tava com o outro? – perguntei ficando do outro lado da mesa.
    - É, tava sim. – ela disse tirando a caixa de leite da sacola e jogando a sacola no chão parecendo chateada.
    - Hey. – chamei sua atenção indo até ela, me sentando na mesa e a puxando para meu colo – O que aconteceu? – perguntei a abraçando.
    - Jus, conseguir emprego tá tão difícil. – ela disse deitando a cabeça em meu ombro.
    - Princesa, você tem tanto talento no que faz. Tirava notas ótimas na faculdade. Fica calma, que quando você menos esperar você vai conseguir seu emprego.
    - E se demorar?
    - Pode até demorar, mas você vai conseguir. E o que eu ganho é o bastante pra nós dois. – disse afagando seus cabelos.
    - Mas eu não quero ser sustentada por você a vida toda. Eu quero ajudar a pagar as contas, eu quero...argh.
    - Mas não vai ser pra vida toda, gatinha. Você vai conseguir. Só tenha paciência. – ela suspirou – Agora, sai daqui. – eu disse a empurrando do meu colo.
    - Nossa. – ela disse – Também te amo.
    - Você não é a única cheia de preocupações. – disse indo pegar um copo para meu leite.
    - Qual o problema?
    Continua...