- Aonde minha gata ACHA que vai? – ele me encheu de beijos no rosto.
- Pra longe do meu namorado safado. – disse tentando me livrar de seus braços, mas acabando ficando de frente pra ele.
- Quer ficar longe de mim?
- Nem um pouquinho. – passei minhas mãos por seus pescoços.
- É tão bom ter você aqui. Não acredito que vai embora amanhã. Quero você pra mim. – ele começou a morder minha bochecha.
- Mas eu sou sua, bebezinho.
- Mas não mora comigo. Vem mora comigo. A gente dorme no meu quarto. Juntinho. – ele começou a fungar em meu pescoço.
- Justin, você é louco? – perguntei rindo e dando um empurrãozinho nele.
- Sim, mas com você por perto isso piora.
- Sei como é. – rocei a pontinha do meu nariz na dele – Eu te amo. – sussurrei.
- Eu também te amo, minha princesa. – ele sussurrou antes de me beijar.
(No dia seguinte)
- NÃO. – Justin gritou agarrado a minha perna.
- Filho, o que é isso? – a mãe dele perguntou assustada.
- Justin, me solta. – tentei tirar minha canela de suas mãos.
- NÃO. VOCÊ VAI FICAR. – ele abraçou ambas minhas pernas.
- Solta. Solta. – bati em suas mãos fazendo ele me soltar.
Me sentei ao lado dele e passando a mão em seu rosto disse:
- Por que isso?
- Eu to de castigo. Não posso sair de casa.
- Mas eu posso. E sua mãe não me proibiu de vê-lo. Eu venho aqui todos os dias e fico com você o dia inteiro.
- Não é a mesma coisa de passar o dia todo com você e de dormir com você. – ele sussurrou.
- O que? – a mãe dele perguntou.
- Tá ficando tarde, gatinha. Você tem que ir. – ele se levantou e me levantou e me deu um beijo antes de me empurrar pra porta – Te amo. – ele sussurrou e me deu um selinho antes de entrar em casa.
Eu cheguei em casa, fui para meu quarto e tomei um banho. Ainda estava cedo. O céu não estava totalmente escuro, dá tempo de dar uma saidinha.
(Justin narrando)
- NÃO. – acordei assustado.
Estava tirando uma soneca quando tive um pesadelo terrível. Foi só um sonho. Bebi um pouco de água que havia no copo em cima de meu criado mudo e respirei fundo para acalmar. Seja lá o que eu estava sentido, não estava passando. Eu sentia uma pontada em meu coração. Algo não estava certo. Não estava.
Me levantei, e fui em direção a porta.
- JUSTIN, ONDE PENSA QUE VAI? – minha mãe perguntou vindo atrás de mim e ganhando uma grande ignorada minha. Até que ela me puxou pelo braço enquanto me olhava com raiva.
(Penny narrando)
Fui até a cafeteria. Eu estava com uma vontade enorme de tomar o meu café preferido. Ao tomá-lo, nunca me senti tão aliviada. Foi como passar anos sem comer e finalmente receber um banquete. Quando saí da cafeteria percebi que já estava escuro, uma brisa passou e fez com que eu me arrepiasse. A rua estava um pouco deserta, mas acho que não tem perigo.
Desci a pequena escadaria da cafeteria e comecei a andar de volta pra casa. O vento passou novamente fazendo com que eu levasse minhas mãos até meus braços no intuito de esfregá-los para o frio passar. Virei a rua, meio escura, e faltava apenas duas para eu chegar a minha casa.
Eu andava devagar e acabei ouvindo um barulho e me assustando. Eu olhei pra trás e percebi movimento. Voltei a andar, sem olhar pra trás, e depressa. Enquanto andava ouvi uma voz masculina dizer “É ela”. Meus passos se aceleraram mais quando ouvi passos rápidos atrás de mim. Esses passos rápidos viraram uma corrida, o que me fez correr também. Por mais que fosse inútil.
Fui puxada pra trás pelo braço e dei um grito, que foi abafado por uma mão suada.
- Olha a gatinha arisca. – disse um cara desconhecido.
Desconhecido? Não. É aquele bêbado do qual Justin me salvou. Ele o amigo mais velho estavam lá, pra variar, com garrafas. Eu tentei me mover, mas ele me impediu. Ele me pressionou contra um muro branco e pichado que havia na rua. Eu tremia de medo e suava frio.
- O que foi? Eu não vou te machucar. – ele disse sínico e me lambeu no rosto.
Fechei os olhos enojada e tentei me livrar dele novamente, mas não conseguia.
- Eu vou ser rápido. – ele disse colocando uma de suas mãos na própria calça, descendo o zíper.
Agora sim sei que ele não vai apenas me beijar. Ele chegou mais perto e pude sentir seu bafo, que aliás era pura cachaça, que me deu náusea. Eu já havia desistido de lutar contra aquilo. Já sei que não consigo. O cara estava perto de me beijar quando ouvimos um barulho. O cara se afastou de mim e olhou pra trás. Não sei o que ele viu, mas seja lá o que for fez com que ele me jogasse ao chão, fazendo eu bater minha cabeça na calçada de concreto e desmaiar.
Continua...