Criminal. Capítulo 19.

    - Eu preciso de ar. Você mesmo diz que sou fraca. Pois é, não tenho fôlego.
    - Não é fraca.
    - Não vem retirar o que disse agora.
    - Penny...como estamos?
    - Bem...estamos num quarto de hospital e...
    - Não, Penny. Ainda estamos juntos? Ainda somos namorados? Ontem você tinha terminado comigo, não tinha?! Então...
    - Eu não terminei com você. – ele ficou me encarando – Diretamente. – completei.
    - Você só me chamou de monstro, mandou eu ficar longe e saiu correndo.
    - É...mas não falei “O nosso namoro acabo”.
    - Mas o que você disse...
    - Ah, tá bom, Justin. Estamos juntos. O que você quer? Quer que dessa vez eu te peça em namoro? Justin quer namorar comigo? É isso? – falei em disparada.
    - É a primeira vez que escuto isso de uma garota. – ele disse rindo.
    - Machismo. Isso é machismo. Os tempos mudaram loiro.
    - Você é linda. – ele disse sorrindo pra mim.
    - E eu odeio você. – disse de cara fechada – Você me confunde e me deixa doida. Eu nunca sei o que você quer, o que você esconde, o que você pensa, você...
    - Chega mais perto. – ele pediu.
    Eu cheguei mais perto e me sentei ao lado dele em sua cama, por causa de um pedido dele, e recebi um abraço.
    - Eu quero. – ele disse.
    - Quer o que? – perguntei impaciente.
    - Namorar com você. Você me pediu, não foi?
    Eu sorri e o abracei de volta. Ele é mais perfeito do que eu imaginava.
    Ele ainda estava rouco, cansado e meio fraquinho, mas o soro que era injetado em sua veia o deixava mais forte. Os machucados em seu rosto me deixavam com pena e sensação de culpa. Ele estava lá por mim. Ele já havia me salvado três vezes, então acho que com certeza posso considerá-lo meu herói. Eu fiquei sentada no cantinho da cama dele assistindo ele enquanto ele fazia o mesmo.
    - Não é bom você descansar? – perguntei.
    - Não posso. – ele respondeu com o tom cansado.
    - Por que?
    - Tenho medo de acordar e você ter ido embora. – ele pegou em minha mão.
    - Eu vou ficar aqui. Só vou embora mais tarde.
    - Não quero que vá embora muito tarde.
    - Por que?
    - Ainda é minha pequena. Ainda não consegue se proteger sozinha.
    - Já bastava meu pai, agora meu namorado também. – reclamei comigo mesma.
    - Pensei que gostasse da proteção.
    - Gosto da proteção, não gosto da mania de achar que toda brisa me derruba. Não consigo me defender, mas isso não significa que a cada esquina terá um bandido.
    - Eu só me sinto mais seguro sabendo que está bem.
    - Eu vou ficar bem. – dei um leve sorriso para que ele acreditasse nisso, mas não funcionou – Acredita em mim. – apertei sua mão.

    (2 dias depois)
    Justin havia saído do hospital ontem de tarde. Perceberam que por conta do soro ele já não estava mais fraco, e só precisava cuidar dos machucados. Que era o que sua mãe faria. Era o que eu achava, até que meu telefone tocou.
    - Alô.
    - Penny, querida, precisamos conversar. – ela pediu.

    (Justin narrando)
    - Como assim você vai viajar? – perguntei pasmo com a notícia repentina de minha mãe.
    - É por causa do trabalho, e eu só vou ficar três dias fora.
    - Como eu vou sobreviver aqui? Vai deixar um potinho de ração e água?
    - Não. Vou deixar dinheiro pra caso você quiser pedir algo e chamei uma babá.
    - O QUE? Uma babá? Você tá de sacanagem, né mãe?!
    - Não to não. Ela vai ficar aqui enquanto eu estiver fora e vai cuidar de você.
    - Mãe, babá não é demais?
    - Não, você está de castigo e quero ter certeza de que continuará seguindo sua punição.
    - Eu prometo que fico aqui em casa. Não me movo.
    - Não, você vai ficar com a babá. Entra babá. – ela chamou a babá no corredor.
    Assim que ela entrou no meu quarto ela tirou de mim um sorriso.
    - Uh. Olá, babá. – eu disse.
    - Engraçadinho. – Penny disse me encarando.
    - Adorei minha babá, mãe. Presente de natal adiantado?
    - Não. E você tenha juízo. – ela me pediu autoritátia – Eu tenho que ir crianças. Penny, já sabe das regras né?!
    - Sei sim. – ela garantiu.
    - Obrigada, querida. Estou atrasada, tchau. – ela me deu um beijo rápido na bochecha e abraçou Penny antes de sair correndo.
    Eu e Penny ficamos nos olhando até ouvirmos o barulho da porta. Eu arqueei as sobrancelhas pra ela e olhei com malicia.
    - Você. Juízo. – Penny apontou pra mim e se virou para sair de meu quarto.
    Eu me levantei da cama e fui até ela. A puxei pela cintura a abraçando por trás e dei beijinhos em seu pescoço, fazendo ela rir. A derrubei em minha cama e deitei ao seu lado.
    - Prazer em conhecê-la, babá. – disse e a beijei.
    Depois do beijo ela perguntou:
    - É assim que trata suas novas babás?
    Continua...
  

Divulgando:

- http://noveladasbeliebers.blogspot.com

P.s. Importante: Beliebers, como eu disse há um tempo atrás eu não vou mais responder os comentários, mas disse à vocês que queria manter contato. Muitas de vocês reclamam de que não respondo e de que não falo mais com vocês, sendo que eu passo o dia todo no twitter e no facebook escrevendo e não recebo nenhuma resposta. Ou seja, estou fazendo minha parte tentando me comunicar com vocês, mas se vocês não respondem a culpa não é minha.