Criminal. Capítulo 15.

    (Justin narrando)
    Meu coração parou. O que eu posso responder a ela?! Depois de um tempo eu a respondi:
    - Não é difícil saber. – me aproximei e a abracei.
    Ela encostou a cabeça em meu peito e continuou a chorar. Aos poucos seu choro foi se aliviando e eu também. Eu fazia carinho em sua cabeça e cantarolava para que ela se acalmasse, e parecia funcionar. Ela me abraçou mais forte e sua respiração ficou mais lenta.
    - Me desculpa princesa. – ela ia falar algo, mas a interrompi continuando – Eu não devia ter dito aquilo a você e nem gritado com você. Eu acabei fazendo você pensar que você era inútil e...você não é isso. Você me faz feliz, você é meiga, inteligente... Eu que sou o inútil.
    Me lembrei de tudo que faço, tudo que fiz e como eu to desperdiçando minha vida.
    - Não. – ela intervil – Você me faz feliz, me protege, é carinhoso, tão inteligente quanto eu e...
    - Penny.
    - Que?
    - Obrigado.
    Obrigado por fazer eu abrir os olhos sobre o certo e errado. Ela pode ser ingênua, mas é essa ingenuidade que me fez abrir os olhos. Amanhã. Amanhã tudo vai mudar.

    A deixei em segurança em casa e fui para a minha. Agora eram 16 horas e eu estava morrendo de fome por ainda não ter almoçado. Cheguei em casa e montei um sanduíche gigante pra mim que veio acompanhado de salgadinho e refrigerante. O almoço perfeito. Após almoçar e assistir TV por um tempo eram 17 horas e 30. Como será que ela está?
    Peguei meu celular e liguei para ela. Após três toques ela atendeu.
    - Alô. – ela disse.
    - Como minha princesa está? – perguntei.
    - To bem. – ela respondeu meiga.
    - Já almoço?
    - Já sim. E você?
    - Já. Almocei a pouco tempo, mas fiquei pensando em você e resolvi ligar para ver como estava.
    - O que almoçou?
    - Um sanduíche grandão, um pacotinho pequeno de batatinhas e refrigerante.
    - Desculpa ter atrasado seu almoço.
    - Não se preocupe com isso. Eu to bem.
    - E como se não bastasse eu te atrasar, tive que fazer você ir me salvar e ainda me acalmar.
    - Se eu não tivesse feito essas coisas nem com fome eu estaria. E se fosse preciso eu ocuparia o dia inteiro fazendo isso.
    - Falando isso eu me sinto mais estúpida.
    - Ow, ow, ow...você não é estúpida. Retire o que disse.
    - Eu sou sim.
    - Não é. Você é louca. É diferente.
    - É...louca.
    - E eu já te disse que adoro isso. Mas se sua loucura chegar a ponto de você fazer o que você fez hoje novamente, por favor, controle-se. Ou me liga.
    - Tá bom. – ela disse rindo do outro lado da linha.
    - Eu adoro seu riso. – disse bobo.
    - Eu adoro você. – ela disse.
    - EU adoro você.
    - Mas eu sou louca.
    - E esse é um dos motivos de eu adorar você. – ela ficou em silêncio – Tá corando?
    - To. – ela disse tímida.
    - Como eu queria estar aí para ver.
    - Sei que queria. Só pra me deixar com mais vergonha.
    - É. – ri – Eu vou desligar gatinha. Se precisar de qualquer coisa, sentir saudades ou...sei lá...me liga.
    - Tá bom. Beijos.
    - Tchau. – me despedi antes de desligar o telefone. 

    (Penny narrando)
    O Justin é lindo. Ele é maravilhoso. O namorado perfeito. Me salvou pela segunda vez hoje, me tranquilizou, ligou preocupado... Mas ainda sim estou desconfiada dele. Ele esconde algo. Sei que esconde. E eu vou descobrir. Amanhã.

    (Justin narrando)
    Hoje, Penny e eu almoçamos e eu a deixei em casa. A hora é agora. Vou até o parque, atrás de todas as quadras, na pista de skate. Vou cuspir na cara daqueles idiotas o meu erro de ter estado ali durante todo esse tempo.
    Caminhava tranquilo e com a cabeça a mil. E enquanto andava e pensava notei que não estava fazendo aquilo para seguir com a faculdade e me comprometer com o que vou fazer no futuro, mas to fazendo isso para seguir com a faculdade e me comprometer com o que vou fazer no futuro pela Penny. Quero que ela faça parte do meu futuro. Ela é tão importante pra mim.
    Continua...