Rolling In The Deep. Capítulo 25.

P.s.: Como prometido, e como hoje é Belieber Day, hoje eu prometi postar dois capítulos de IB. E aqui está o segundo capítulo do dia. Feliz Belieber Day!!!! ;)

    Pois é. Como já era de se esperar, eu e Justin tivemos outra discussão. Ele teimava dizendo que eu estava errada e que tudo que ele estava fazendo era ajudar uma pessoa que nos ajudou e que John queria mudar minha cabeça pra eu me separar dele. Qual é a neura desse garoto? Como ele mesmo já disse “Vamos nos separar de qualquer jeito”. Ele só quer me controlar. Dizer o que devo e não devo fazer, mas eu não vou deixar ele fazer isso. O que ele acha que sou? Um fantoche? Por favor.
   Depois de nossa discussão os alto-falantes do trem indicaram que havíamos acabado de entrar na França e que em questão de um dia e meio chegaríamos a Itália, faltando apenas algumas horas de viagem até Milão. Eu e Justin ficamos nos olhando ainda com raiva, mas com os olhos dizendo “É...o fim está próximo”. Na verdade, do jeito que estamos, acho que o fim está mais próximo do que imaginamos.
    Ok, pensando bem, são apenas mais dois dias de viagem. É...o tempo aqui está bem curto. Agora reparei que a expressão de Justin era de arrependimento. Isso aí neném, tem que se arrepender mesmo, daqui a dois dias não estarei mais aqui. Aí você vai ter que aprender a falar italiano pra achar outra trouxa. É, sou uma trouxa.
    Justin veio até mim e me abraçou. Eu não correspondi o abraço, até porque os braços dele também prendiam os meus em seu abraço. Enquanto Justin me abraçava resolvi olhar pela janela do trem. O Sol estava se pondo nesse momento. Eu inclinei minha cabeça e a deitei no peito de Justin. Por mais que ache que Justin não esteja realmente apaixonado por mim...vou sentir falta dele. Muita falta. Fala sério, eu amo esse garoto. Só de pensar que no futuro talvez eu nem pense mais nele. As vezes, antes de dormir, enquanto lembro do meu passado posso acabar me lembrando dele e me perguntando “Onde será que ele está agora? Está feliz? Ele se lembra de mim? Ainda pensa em mim? Continua daquele jeito rebelde?”
    - No que está pensando? – Justin me acordou.
    - No futuro. – respondi.
    - Exatamente o que?
    - Será que vai se lembrar de mim no futuro? – disse tirando minha cabeça de seu peito e virando meu olhar para ele.
    - Acho que vou. Com certeza vou. – ele respondeu enquanto pensava no assunto.
    Deitei minha cabeça novamente na dele.

    Acordei com alguém batendo na porta.
    - Ah, café da manhã agora? – Justin perguntou estranhando.
    - Não sei. Atende aí. – disse me virando.
    Justin se levantou e foi até a porta e a abriu.
    - Vamos Justin. – ouvi aquela voz irritante.
    - Mas agora? – Justin perguntou.
    - Sim, neste exato momento.
    - Tá. Só espera eu me trocar e escovar os dentes pelo menos.
    - Tá. Vai.
    - Opa. Você espera aí fora.
    - Ah, é o cúmulo.
    - Já volto. – ele disse e ouvi a porta da cabine fechar.
    Me virei para ele e perguntei:
    - Já?
    - Já.
    - Ai, eu não  gosto disso. – reclamei.
    - Brooke, eu também não, mas a Ashley... – ele disse entrando no banheiro.
    - Ah, nem vem com aquele papinho de ela me ajudou e blá, blá, blá. Você podia muito bem ter me conquistado de outra maneira. Mas como você é o tal, tem que ser pegando outra né?!
    - Brooke. O que tá querendo dizer com isso? – ele perguntou agora bravo, de dentro do banheiro.
    - Era só ser gentil comigo. Era só dizer que estava afim de mim e demonstrar isso. Não precisava ficar se pegando com a outra na minha frente.
    - Ah, desculpa, mas eu tentei. Mas toda vez que eu te olhava você ficava toda nervosinha e começava a brigar comigo.
    - Eu nervosinha? Ah é, seja porque talvez você achasse que podia me beijar quando quisesse e bem entendesse como se eu fosse seu brinquedinho.
    - Por favor Brooke. – ele disse saindo do banheiro.
    - “Eu não faria nada que prejudicasse nosso relacionamento antes do tempo” – imitei a voz dele – Justin, esse lance com a Ashley é ridículo e só tá fazendo a gente brigar mais do que já brigávamos.
    - A culpa não é de Ashley. Sim daquele idiota do John.
    - John é meu amigo. Ashley é uma vaca que aceita ajuda o primeiro babaca que aparece na frente dela pedindo pra fingir namorar com ele.
    - Babaca. – ele disse mordendo os lábios e encarando o chão. – Eu vou indo. Acho que tem gente dando mais valor ao nosso relacionamento falso do que gente dando valor ao nosso relacionamento de verdade. – ele saiu da cabine batendo a porta e me fazendo atirar uma almofada na porta.
    ARGH. Que raiva desse garoto. Mas isso é totalmente ridículo. Eu não tenho que concordar em dividir meu namorado com outra. Me levantei e fui me trocar. Eu vou tirar satisfação.

    (Justin narrando)
    - Me abraça que ele tá olhando. – disse Ashley.
    Abracei Ashley depois de  dar um longo suspiro. Eu não quero fazer aquilo. Por que eu to fazendo isso?
    - Justin. Você desse jeito não vai convencer ninguém.
    - Ashley, daqui a alguns dias essa viagem acaba. O que você e esse cara vão namorar?
    - Ele vai pra Milão. Eu também. Nós trocamos telefones. Nos encontramos. Ficamos juntos. Simples.
    - Já Brooke vai pra  Roma. Eu vou pra Milão. Temos só mais um dia e meio juntos, mais ou menos. Nunca mais vamos nos ver. Eu te ajudando com isso tá fazendo a gente discutir muito. E assim não conseguimos aproveitar o resto de nosso tempo juntos.
    - Vai pra Milão? Ótimo. Lá a gente pode continuar se encontrando e fingindo que...
    - Não Ashley. Chega. Eu não queria estar nem aqui com você. – a soltei do abraço.
    - Justin. Ele tá olhando. Faz alguma coisa.
    - O que quer que eu faça?
    Ela virou o olhar pro meu. Olhou pro cara e depois me olhou. Ela avançou em mim e me beijou.

    (Brooke narrando)
    Entrei no restaurante para tirar meu namorado de lá, mas ao chegar lá vi ele num estado do qual acho que ele não queria sair. Ele e Ashley se beijavam de maneira...indescritível. Eu fiquei paralisada. Eles pararam de se beijar e logo depois Justin percebeu minha presença no restaurante. Ele arregalou os olhos como uma criança de 10 anos que acabará de ser descoberta comendo doces escondido. Minha reação foi a mesma de qualquer garota no mundo que passasse por isso. Correr.
    Continua...