Rolling In The Deep. Capítulo 27. Final.

  (Justin narrando)
   Comecei a correr e a puxá-la pela mão. A moça uniformizada gritava o sobrenome de Brooke como uma louca, como se fosse conseguir algo com isso. Até que ela começou a gritar “Sequestro, sequestro”. Não teve como não rir daquilo. Meu pai ficava me olhando ainda estranho, até que seu olhar foi até meu novo presente e me olhou pasmo. Ele corria agora para me alcançar, mas eu e Brooke já estávamos perto da moto.
   - Sobe e me segura. – ordenei.
   Ela o fez. Após eu subir ela apertou uma de suas mãos em minha barriga. Eu liguei a moto e acelerei. Eu não sabia direito como andar naquilo, mas parecia ser fácil até um certo ponto. Andava muito de moto com meu pai e me lembrava dos movimentos de suas mãos no guidon.
    - PRA ONDE VAMOS? – Brooke gritou um pouco desesperada.
    Eu não respondi, pois não sabia ao certo a resposta dessa pergunta. Até que pensando bem, como sou burro. Estou fugindo com uma garota. Beleza, e agora? Para onde vamos?

    (5 anos depois)

    (Brooke narrando)
    “Pois é vó. Lembra-se de quando contava para meus primos e eu de como se apaixonou pelo vovô? Eu me apaixonei. Justin era e ainda é importante pra mim. Depois que fugimos, paramos em uma lanchonete. Eu e Justin conversamos e chegamos a conclusão que foi uma medida precipitada, menos pelo fato de, não importa a maneira que ele fizesse, se não fugíssemos a mulher que minha mãe contratou me levaria embora sem dó nem piedade. Justin ligou para seu pai, contou tudo a ele e com sorte ele resolveu nos ajudar.
    Precisávamos de ajuda financeira para conseguirmos sobreviver, pois sabia que depois de um tempo minha mãe cancelaria o cartão que me deu de maneira fácil, rápida e coberta de ameaças. O pai de Justin paga o aluguel de um pequeno apartamento no centro de Milão para a gente. Mas, como prometido, eu e Justin não podíamos ficar parados. Entramos numa faculdade pública, onde eu cursei a tão sonhada moda e Justin cursou arquitetura. Nos formamos no ano passado e agora estamos a procura de trabalho, mas como estamos no início do ano é um tempo difícil.
    Mas agora eu tomei uma decisão que me fez me arrepender de ter fugido há cinco anos atrás. Eu vou embora. A vida com Justin é ótima, mas não vai parar em lugar nenhum. Não planejamos nosso futuro, apenas conversamos sobre como foi o nosso dia e fim. E adivinha...até hoje Justin não disse que me ama. Estou exausta de esperar por ele. E eu sempre sonhei em ter minha casa, meu emprego, minha família...mas do jeito que estou fica  difícil. Justin foi para a casa do pai agora e eu já arrumei minha mala. Vou voltar pra casa de minha mãe que, com muita sorte, talvez irá me receber de volta.
    Mas já sabe porque nunca cheguei  aí e...espero que entenda. Beijos. Brooke.”

    - Gatinha cheguei. – Justin gritou da entrada do apartamento.
    Eu fechei a minha mala e fechei o envelope com a carta de minha avó. Justin entrou no quarto, me puxou pela cintura para me dar um beijo na bochecha e se jogou na cama. A mala em cima dela lhe chamou a atenção rápido, que logo perguntou:
    - O que é isso?
    - Minha mala. – respondi.
    - E por que ela está aqui em cima?
    - Porque eu decidi ir embora. – disse depois de um longo suspiro, esperando que Justin não dramatizasse.
    - Decidiu é? – Justin debochou.
    - É. Decidi. – disse rígida mostrando que não estava brincando.
    - Ok. Vou pegar um copo de leite. Quer? – ele perguntou passando pela porta.
    - Não. Já estou de saída. – disse pegando minha mala e a colocando no chão.
    Puxei minha mala até a saída do apartamento e saí. Comecei a descer as escadas devagar.

    (Justin narrando)
    - Brooke, o leite tá acabando. – disse entrando no quarto com meu copo na mão.
    Olhei ao redor e Brooke não estava ali.
    - Brooke?! – me virei para o corredor.
    Olhei de novo no quarto e reparei que estava tudo vazio. Até a mala dela não estava mais na cama. A mala dela não... Deixei o copo de leite cair e derramar tudo ao chão. Saí correndo até a porta e de maneira bruta a fechei. Desci as escadas desesperado. Ainda bem que estávamos no segundo andar. Corri até a porta do prédio e quase derrubei a porta ao passar por ela. Olhei para um lado e nada dela. Olhei para o outro e a vi colocando uma carta na caixa do correio. Desci as escadas e fui até ela andando rápido.

    (Brooke narrando)
    Senti minha mala sendo puxada de minha mão e ao olhar para o lado Justin estava a levando embora. Corri até ele e puxei minha mala de volta.
    - O que está fazendo, Brooke? – Justin perguntou nervoso.
    - Eu que pergunto. Devolve minha mala. – disse com raiva.
    - Não. Para de teatrinho Brooke. – Justin disse também puxando a mala.
    - Justin eu vou embora e você não vai me impedir.
    - Por que insisti nessa burrice?
    - Porque viver com você não vai me levar a lugar nenhum. Eu quero minha casa, meu emprego e uma família.
    - Nós dois somos uma família.
    - Somos dois namorados morando juntos. Eu quero me casar e quero filhos.
    - Para de falar besteira Brooke. – ele puxou a mala de mim e a levou até as escadas.
    Ele começava a subir as escadas, mas comecei a puxar minha mala de volta.
    - Para Justin. Eu vou embora.
    - PARA DE CRIANCISSE BROOKE. – ele gritou puxando a mala.
    - PARA VOCÊ JUSTIN. QUE SACO, PARA DE ME CONTROLAR.
    - VOCÊ NÃO PODE IR EMBORA.
    - POSSO SABER POR QUE NÃO?
    - PORQUE EU TE AMO. – ele gritou me fazendo soltar a mala.
    - Você o que? – perguntei.
    - Eu te amo, Brooke. Eu nunca disse, mas...é porque...sei lá, eu não conseguia. Mas, eu te amo desde aquela viagem. Se...se você quer uma casa, tudo bem. A gente arranja nosso emprego, junta uma grana e compra nossa casa, do jeitinho que você quiser. Quer se casar? A gente se casa, não me importo de passar o resto da minha vida com você. Quer filhos? Se quiser a gente sobe e faz um agora.
    - Justin, cala a boca. – eu comecei a rir de seus argumentos. – Me abraça. – pedi.
    Soltamos minha mala e nos abraçamos.
    - Não sabe o tanto que esperei pra ouvir você falar isso. Até duvidei de que realmente gostasse de mim.
    - Não diz isso. – ele sussurrou afagando meu cabelo – Eu te amo. Te amo muito. – ele sussurrou em meu ouvido e me beijou na bochecha.
    Eu sorri e o abracei mais forte.
    - Só não me deixa. – ele pediu sussurrando em meu ouvido – Eu amo você. E...você disse que me amava também.
    - Eu amo. – disse.
    - Então porque ia me deixar sozinho?
    - Eu...só queria correr atrás da minha vida, mas ainda te amando. Nunca deixei de te amar.
    - Minha princesa. Promete que nunca vai embora. Nem ameace a fazer isso de novo. – ele disse agora me olhando.
    - Tá. Se prometer cumprir tudo que disse.
    - Eu prometo. – ele sorriu, antes de encostar seus lábios nos meus.
    Começamos a nos beijar, até que pingos começaram a cair do céu. Rapidamente pegamos minha mala e entramos no apartamento de novo. Eu peguei um papel e uma caneta e me sentei ao lado de Justin que estava deitado na cama.
    - O que vai fazer? – ele perguntou colocando sua cabeça em meu colo.
    - Nada demais. – disse começando a escrever.

    “Querida avó,
                      Lembra-se da última carta? Pois é, esquece tudo...”

FIM.

(Mini parte bônus)
    - Esquece isso. – ele disse tirando o papel de minha mão.
    - Justin, devolve. – pedi.
    - “Querida avó...bla, bla...” – ele lia a carta – Aquela carta que postou agora era pra sua avó?
    - Sim.
    - Ela esperou cinco anos por uma explicação, acho que pode esperar mais um pouquinho. – ele disse jogando o papel no chão e me puxando para me beijar.
    - O que está fazendo? – perguntei parando o beijo.
    - To carente. Me dá carinho. – ele fez um biquinho.
    - Só se...disser que me ama mais uma vez. – pedi com a expressão inocente.
    - Eu te amo. – ele me puxou e me deu um beijo na bochecha.
    - Mais uma vez. – pedi.
    - Eu te amo. – ele sussurrou e me deu um selinho – Te amo – ele me deu outro selinho – Te amo. – ele disse pausadamente antes de me dar um beijo.
    Aquele foi o melhor beijo que já demos. Ficamos nos beijando por um tempo, até que Justin parou o beijo e com um sorriso malicioso e mordendo os lábios disse:
    - Tá calor não é?!
    - Ventilador não ajuda. – disse concordando com ele.
    - Eu sei. – ele sussurrou perto de minha boca, de novo com um sorriso malicioso, antes de voltar a me beijar e começar a subir minha blusa.

    Definitivamente FIM. (;p) 

Resposta aos comentários:

- @GirlsOf_Bieber: Hihi ^^ que bom que gostou :) 

- Jackeline | @BieberLooveBR | @fuckinperry: Hahaha' pois éé flor. O que os apaixonados não fazem... hsuahsahushuahsaushua continuaaa sonhando então!!! ;p  xoxo ;*

- Anônimo: Pois é né?! Bateu a cabeça quando pequeno e deu no que deu né?! Haha' eu não teria coragem. Ficava com esse bobo pra mim ;) 

- @iNatinhaBieber: Haha' com dois malucos no meio da Itália...se espera tudo!! Pois éé, essa foi a última!!! Mas é isso aí, tem uma novinhaa ;)