Lucky. Capítulo 12.

    Passei minhas mãos pela sua cintura e sussurrei:
    - Beija.
    Ela pareceu aceitar, pois passou a se aproximar mais. Ela fechou os olhos e me beijou com delicadeza. Ah, aqueles lábios. Era tão bom tê-los sobre os meus. Por mais que aquele beijo estivesse ótimo ele acabou rápido. Katy olhou pra mim e logo se afastou.
    - Eu sei que eu não devia.
    - Tudo bem. – passei a mão em seu rosto.
    - Mas...de uns tempos pra cá eu...e agora vi você falando com o Juan e...
    - Tá tão confusa quanto eu? – perguntei sorrindo.
    Ela acenou a cabeça afirmando que sim.
    - Não conseguiu esquecer...
    - O beijo?! – ela completou – Não.
    - Sei que pode ser estranho, mas...quem disse que de uma amizade como a nossa não pudesse acontecer algo como esse?!
    - Também tem desejado outros beijos de vez enquando?
    - Desde o nosso primeiro. – sorri por poder falar isso sem problemas.
    - Tenho medo de tentar. – ela baixou seu rosto.
    - Por que?
    - Você é muito importante pra mim. Se não der certo e eu parar de falar com você...
    - Por mais que não desse certo ia acontecer o mesmo comigo. Eu queria ter você na minha vida pra sempre. Seja como amiga ou namorada ou...eu só quero você comigo. Eu estaria disposto a tentar. Sem medo.
    Ela me soltou e se afastou.
    - Posso...pensar?
    - Sabe que nunca te machucaria né?!
    - O que? Pergunta como se eu não tivesse escutado o que acabou de dizer pra Juan. – ela sorriu.
    - Pense o quanto quiser.
    - Obrigada. – ela disse me olhando, mas depois voltou seu olhar para a universidade – É melhor irmos. – ela se afastou mais e começou a andar até a universidade.
    PRECISO FALAR QUE ESSE É O MELHOR DIA DA MINHA VIDA? ELA ME BEIJOU DE NOVO E VAI PENSAR SOBRE NÓS DOIS COMEÇARMOS A FICAR JUNTOS...se é que entendi bem. Ela não disse diretamente. Vou pedir isso depois. Mas agora preciso ir, se não perco a primeira aula.
    Cheguei na sala e minha mochila foi levada pelos meus amigos até a sala. Estava em uma cadeira ao lado da Kathy. Meu biscoito. Me sentei, peguei o livro, abri e comecei a fazer anotações no caderno. Não. Não vou olhar pra ela. Quero ver sua reação. Peguei meu celular e virei para ver o reflexo dela. Ela parecia nervosa e ansiosa. Eu podia ouvir o barulho de seu pezinho batendo ao chão. Sorri. Peguei um papel do meu caderno e escrevi um recado. Passei pra ela sem ao menos olhá-la.

    (Katy narrando)
    “Se não parar de bater o pé no chão vai cavar um buraco.”
    Ele só podia estar brincando comigo. Só podia. Eu amassei o bilhete e quando fiz isso Justin viu. Ele fez uma cara assustada, mas depois virou o olhar para o seu livro de novo. A partir daí, ele passou a bater a perna no chão.
    Eu agora estava em dúvida e confusa sobre o que fazer. Eu quero namorar Justin. Ah, só de pensar em poder ter todos os dias aqueles lábios sobre os meus. Mas eu continuo com medo de estragar nossa amizade. Imagine só se a gente brigar e parar de se falar. Durante todos esses anos de amizade, a melhor parte do meu dia sempre foi quando eu encontrava Justin. Ele me fazia rir e me divertir.

   Estava de noite agora. Justin estava na cozinha comendo miojo e eu, que já havia jantado, estava vendo TV. Passando os canais pra ser mais exata, pois nada me interessava, até que parei em um canal. Estava passando um filme de terror. Alguém já foi morto. Mas como? Decidi assistir para descobrir.
    - Vai ver isso mesmo? – Justin perguntou aparecendo atrás de mim.
    - Vou, por que? – perguntei sem tirar os olhos da TV.
    - Sabe como fica com os filmes de terror. – ele veio pra frente do sofá e se sentou ao meu lado.
    - Fico normal.
    - Ah é. Me lembro bem. Férias de julho de 2006, casa do Chris. Toda a turma tava lá na festa do pijama. Assistimos um filme de terror e eu fui acordado no meio da noite porque ALGUÉM não tava conseguindo dormir. Eu tive que dar um espaçinho no meu colchonete pra ALGUÉM dormir comigo.
    - Você deve te adorado. – disse me virando para encará-lo.
    - Não vou negar. – ele riu.
    Me virei para continuar vendo o filme, mas Justin insistiu:
    - Vai ver?
    - Justin, não tenho mais 12 anos. Eu consigo agora.
    - Tá bom, então. Vou dormir. – ele me deu um beijo na bochecha – Boa noite Kitty.

    (Justin narrando)
    Que saco. São duas da manhã. Minha boca tava totalmente seca e eu estava morrendo de sede. Mas to com muita preguiça pra levantar.
    Não dá. Preciso de água. Me levantei e fui quase rastejando pra cozinha. Abri a geladeira e peguei água pra mim. Quando estava bebendo a água comecei a avaliar a cozinha e algo me chamou a atenção.
    - O que tá fazendo aqui? – perguntei à Katy que segurava um copo em cima da mesa.
    - Eu não... – fiquei esperando a resposta – Não consegui dormir. – ela baixou a cabeça.
    Continua...

P.s: Sorry por não ter postado ontem, tava enrolada arrumando meu quarto, porque minha mãe já tava enchendo. E hoje não vou poder responder responder os coments, porque justamente hoje é o niver da minha mãe. Então, eu vou postar os dois capítulo e amanhã eu posto e comento direitinho, ok?! Desculpem ;s