sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Lucky. Capítulo 19.

    - O que quer dizer?
    - É meio estranho. Quer dizer...foi rápido pra eles.
    - Mas pra gente também.
    - O Justin sofreu dois meses. Você tá dizendo que foi rápido? Justin não concorda.
    - Justin tá falando na terceira pessoa e isso é estranho. – fiz ele rir.
    - O fato é que...ainda não me acostumei com eles juntos. Eles falando um com outro como se um coelho estivesse falando com um ratinho.
    - Ok, essa eu não entendi.
    - Quem é meu amorzinho lindo? É, é você. É você sim. – ele imitou os dois falando como se fossem bebês.
    Eu comecei a gargalhar e Justin riu disso.
    - Tem razão. Ainda bem que não somos assim. – disse.
    - Eu nunca me rebaixaria a esse tipo.
    - Mas isso não é se rebaixar. Quem está totalmente louco com o parceiro fala assim.
    - Por que eu não to falando assim?
    - Porque não está totalmente louco comigo.
    - Quem disse? Justin é louco com você, só não curte falar que nem um retardado.
    - Come seu macarrão e para de falar antes que a coisa fique feia pra você. – brinquei.
    - Mas o que...
    - HÁ. Come.
    Ele voltou a comer, mas ficou me olhando estranho, o que me fez rir. No caminho de volta pra casa, resolvemos ir mais devagar, vendo as lojas pelas ruas e etc. No meio do caminho ele pegou em minha mão. Eu o olhei o fazendo perguntar:
    - Tem problema? – ele devia se referir ao fato de eu não me sentir bem assim na faculdade.
    - Não. – disse me aproximando mais e fazendo ele sorrir.
    Depois de um tempo soltei a mão dele, mas passei a andar abraçada ao seu braço. Ele pareceu gostar mais. Um tempo depois passamos a ficar cansados e fomos para casa. Lá Justin me derrubou no sofá e me abraçou.
    - Você é linda, sabia? – ele perguntou passando a mão em meu cabelo.
    - Agora eu sei. – brinquei.
    - É linda sim. – ele deu um beijo na ponta do meu nariz.
    - Você que é. – disse escondendo meu rosto com as mãos.
    - Haha. Não sou.
    - É sim. – disse ainda com a mão no rosto.
    - É você que é, AÍ MEU DEUS. – ele disse se levantando pra se sentar no sofá.
    - O que foi? – perguntei me sentando ao seu lado.
    - Tá vendo o que a gente tá fazendo? Você é linda. Não, você que é. Não, é você.
    - Olha o lado bom. Não parecemos nem um rato nem um coelho.
    - É. Pelo menos isso. – ele se deitou de novo e me puxou para que me deitasse também.
    Após começar a me beijar, ocorreu de novo o atentado da mão boba. Suas mãos que estavam em minhas costas foram passando devagar para a minha bunda, mas o processo foi tão lento que nem percebi. Mas assim que notei que a mão estava em lugar impróprio, coloquei a minha sobre a dele para tirá-la de lá. Foi inútil, pois a mão não saia do lugar. Eu tive de parar o beijo, olhar séria pra ele e dizer:
    - Tira a mão da minha bunda.
    - Tá incomodando?
    - Na verdade tá.
    - Pergunta errada. Tá atrapalhando?
    - Não, mas...
    - Então pronto. – ele foi voltar a me beijar, mas me afastei novamente.
    Quando fui me afastar de seu beijo, acabei caindo do sofá, mas Bieber ficou, pelo menos sua mão não estava mais em mim.
    - Você tá bem? – ele perguntou de cima do sofá.
    - Não. – disse o olhando irritada.
    - Não fica brava. – ele pediu – Infelizmente, vai ter que se acostumar.
    - Me acostumar? – me levantei ficando sentada no chão – Como assim me acostumar, Justin?
    - Ou você se acostuma ou...
    - Sabe que eu sei o que vai ser o “ou” e sabe que vou escolher ele né?!
    - Sabe mesmo o que é o “ou”?
    - Sei sim. Então, vamos fazer o seguinte, ou você controla essa mão ou o meu “ou” vai ser o mesmo do seu.
    - Terminar o namoro?
    - Exatamente.
    - Mas porque temos que levar sua condição em conta.
    - Porque a bunda é minha.
    - A partir do dia que virei seu namorado...
    - A bunda continuou sendo minha.
    Ele baixou a cabeça e isso me partiu o coração. Acho que o motivo foi vê-lo triste. Quando você vê a pessoa que você ama tristinha você meio que fica assim também. Não dá. Levantei sua cabeça e disse:
    - Tá muito cedo. Muito cedo pra tudo. Dá pra segurar? – ele ficou me olhando sem dizer nada – Faria isso por mim? – ele sinalizou que sim com a cabeça – Obrigada. – dei um selinho nele.
    - Desculpa. – ele disse com a voz baixinha.
    - Fica tranquilo. – me levantei e me deitei no sofá com ele novamente.
    Ele me abraçou, mas dessa vez controlou a mão, o que é um bom sinal.
    - Você...é uma covarde. – ele disse sorrindo.
    - Como assim? – perguntei sem entender.
    - Esse argumento “Faria isso por mim”...do jeito que me sinto por você, eu faria tudo por você. Ao usá-lo para conseguir o que quer...é covardia.
    - De uma certa maneira...isso foi lindo.
    - Que bom que gostou.
    - Sério que faria tudo por mim?
    Continua...

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