Next 2 you. Capítulo 12.

    Eu sorri e passei a mão no olho para retirar a lágrima de meus olhos. Depois o olhei e respondi:
    - Não. É linda a música. Na verdade, é perfeita.
    - Então por que você está chorando?
    - É que... você é meu primeiro namorado e eu sempre tive medo de relacionamentos, pois nunca tive um. Mas você é perfeito. E essa música, só me fez sentir mais segura do nosso namoro.
    - Ah, gatinha. Saiba que essa música é verdade. Sempre que você precisar eu estarei ao seu lado. Sempre.
    - Obrigada.
    Ele sorriu e outra lágrima desceu do meu olho. O sorriso dele se desmanchou e depois ele disse:
    - Eu queria te abraçar agora.
    - Fica tranquilo. Eu estou bem. É choro de felicidade. Sinta-se orgulhoso de estar o provocando.
    Ele sorriu novamente pra mim. Depois eu desci para jantar e fui direto pra cama. Fui dormir e tive uma ótima noite de sono. Sonhei com Justin essa noite. Era incrível como ele mudou tudo na minha vida.
    Acordei, me arrumei, tomei café da manhã e fui mexer no computador. Melody estava online no MSN, então contei tudo a ela. Ela ficou feliz por mim, mas frustrada por suas dicas não terem sido ao menos usadas. Depois eu olhei pela janela e não vi Justin. Fiquei pensando onde ele poderia estar. Se ele estava em casa, ou se havia saído. Resolvi sair e dar uma volta. Talvez eu até o encontre.
    Saí de casa e fui andando, andando e andando. Passei da padaria e andei mais um pouco, onde eu cheguei em uma lanchonete. Lá eles tinham os melhores donut’s do mundo. Como tinha tempo que eu não comia, decidi comprar um.
    Entrei na lanchonete, fiz o pedido pra viagem, só que ainda não haviam donut’s prontos. Me sentei na cadeira em frente ao balcão para esperar. Enquanto permanecia ali entrou na lanchonete o meu maior pesadelo. Um grupo popular do meu colégio que adorava me deixar pra baixo. Eram três garotos: Brian, Brad e Bob. E três garotas: Joss, Heather e Stacy.
    - Olha só quem está aqui. – começou Brad
    Não dei atenção, apenas fiquei olhando para o cardápio.
    - Ai Meu Deus. Que roupa é essa? – disse Stacy.
    - A avó dela deve ter feito. – Joss disse e riu.
    - Gente para. – Heather disse.
    Heather era a mais legal do grupo.
    - E, qual é Heather? Ela já tá acostumada. – Brian disse.
    - Mas fique orgulhosa Hillary, feira não é pra todo mundo não.
    Todos começaram a rir, menos Heather. Então não me segurei. Me levantei, me virei  pra eles e comecei a gritar:
    - O QUE EU FIZ PRA VOCÊS? EU NUNCA FIZ NADA PRA VOCÊS, NUNCA AO MENOS CONVERSEI DIREITO COM VOCÊS UM DIA. ACHO QUE VOCÊS SÓ FAZEM ISSO OU PORQUE TEM INVEJA DE MIM OU PORQUE EU SOU A ÚNICA DA ESCOLA QUE NÃO DÁ TRELA PRA VOCÊS. QUE NÃO ME AJOELHO QUANDO VOCÊS PASSAM. OU QUE ACHA QUE VOCÊS, INVÉS DE SEREM AS PESSOAS MAIS LEGAIS E POPULARES DO MUNDO, SÃO AS MAIS ESTÚPIDAS, BURRAS, IDIOTA E SEM FUTURO DO MUNDO. ENTÃO EU DIGO PRA VOCÊS, QUE O DINHEIRO DO PAPAI NÃO DURA PRA SEMPRE. UM DIA VOCÊS VÃO TER QUE SE VIRAR E SE DEPENDER DE VOCÊS, VOCÊS VÃO MORAR DE BAIXO DA PONTE. – depois disso eu saí correndo dali.
    Eu fui pra praia e saí correndo pra casa. Demorei um pouco, mas quando cheguei comecei a derramar lágrimas e lágrimas. Pareciam lágrimas que não tinham fim. Eu tirei meus sapatos e joguei pra perto das palmeiras. Me levantei e fui pra perto do mar. Eu estava triste e arrasada. Por mais que eu tenha dito aquilo tudo, o que eles me disseram feriu.
    As ondas do mar iam e viam. Aquilo tudo era convidativo pra mim. Coloquei meu pé na água do mar.

    (Justin narrando)
    Cheguei em casa e depois de ajudar minha mãe a guardar as compras do supermercado subi pro meu quarto. Eu fui olhar a janela e esperava ver Hillary, mas ela não estava lá. Olhei pra praia e não a vi sentada na palmeira. Se a conheço bem, ela deve estar em um desses lugares. Resolvi procurar ao longo da praia, até que algo me chamou a atenção. Vi dois braços se debaterem no mar.Fiquei chocado. Mas olhando atentamente vi que quem estava sacudindo os braços era Hillary. Meu primeiro ato? Eu saí correndo pra porta de minha casa desesperado, e fui direto para o mar. Mergulhei.
    Eu nadei como um louco até chegar em Hillary. Ela estava afundando, então mergulhei e puxei o braço dela. Subi para a superfície e coloquei os braços dela em meu pescoço. Eu segurava seus braços e ela ficava deitada em minhas costas. Eu nadava o mais rápido que  podia até que consegui chegar no raso. Eu comecei a correr. Quando sai da água coloquei Hillary no chão. Ela estava desacordada e eu desesperado.
    Comecei a fazer respiração boca a boca nela. Depois comecei a pressionar o seu peito. Ela cuspiu um pouco da água e depois acordou desesperada. Ela se levantou ficando sentada na areia e olhou pros lado desesperada. Eu abracei ela e disse:
    - Calma, calma.
    Ela começou a tossir, sua respiração estava fraca e seu coração disparado. Ela se soltou de mim e começou a dizer:
    - Jus-justin. Eu na-não queria. Eu só fui...mergulhar. Eu... eu tava. Jus...
    - Calma meu amor. Tá tudo bem. Fica calma. – eu disse pegando em sua mão e passando a mão em seu rosto.
    Ela se acalmou e aos poucos foi recuperando o fôlego. Resolvi perguntar:
    - Você está bem? Tá passando mal? Tá com dor de cabeça ou alguma coisa? Eu te levo no hospital agora.
    - Não. Não. Estou bem. Só um pouco nervosa.
    Olhei para sua mão livre da minha, e ela tremia. Eu a abracei novamente e segurei sua cabeça contra meu peito. Ela apenas aconchegou sua cabeça em mim. Eu beijei a cabeça dela. Agora passou uma brisa forte e fria. Eu olhei em meu relógio e faltavam 30 minutos para meio-dia. Eu a soltei e segurei seu rosto com as duas mãos. Eu disse:
    - Vai pra casa. Vai tomar um banho pra relaxar, troca de roupa e coloca uma roupa quente pra sair. Assim que estiver pronta desce e me encontra no carro.
    - Onde você vai me levar?
    Me levantei, estendi a mão pra ela a levantando e disse a ela:
    - Faz isso.
    A acompanhei até a frente da casa dela e fui pra minha. Me arrumei, avisei a minha mãe que iria sair e fui pro carro. Fiquei lá olhando pra frente e com as duas mãos no volante. Não sabia o que estava sentindo, nem o que eu diria a Hillary sobre o que havia acabado de acontecer. A vi saindo da casa dela e vindo direto a mim. E agora? Será que vou conseguir falar?
    Continua...

Obs.: Floorz. Eu, infelizmente, não vou poder responder aos comentários. Lembram que eu estava de viajem? Pois é, hoje vou voltar pra casa. E estou super apressada me arrumando. Desculpem por isso, mas amanhã mesmo eu respondo aos comentários de vocês. Obrigada pela atenção. :)