Rolling In The Deep. Capítulo 1.

    “Querida avó,
        Aqui é sua neta, Brooke. Depois de todo esse tempo decidi finalmente explicar tudo o que aconteceu para você. Sei que há cinco anos você estava me esperando em sua casa em Roma para eu passar uma longa temporada com você. Por eu não ter chegado, e feito tudo que vou lhe contar você deve se perguntar “O que aconteceu com minha neta?”. Eu mudei muito, mas depois de tudo voltei ao meu normal. Enfim, vou lhe contar o que aconteceu.”

    Antes de entrar no Ensino Médio, eu era aquela garota doce, animada, extrovertida e meiga. Entrei no Ensino Médio e aquele chamado “buylling” começou. Eu era taxada como anormal, idiota, imbecil e “a garota que faz meu dever de casa”. Eu não ligava para o que os outros pensavam ou me chamavam, mas chegou o dia do baile do primeiro ano do ensino médio. Fui ao baile e lá eu acabei sofrendo humilhação de toda a escola e também de um garoto que eu gostava e achava ser diferente. Depois desse dia tudo em mim mudou, principalmente minha crença no amor.
    Além de parar de acreditar no amor, eu passei a usar roupas mais neutras, eu não falava nem sorria pra ninguém, passava meu recreio com uma única amiga minha que não ligava para o que os outros falavam de mim. O nome dela é Natalie e ela era a única pessoa que me entendia e que me ajudava quando eu passava por todas as zombações  e tudo mais.
    Bem, o tempo passou e eu me formei no ensino médio. Chegando em casa na sexta-feira ensolarada nada podia me deixar triste. Eu iria para a faculdade, não sofreria mais buylling, me formaria na profissão dos meu sonhos, que é a moda, e ganharia meu próprio dinheiro. E eu tinha vontade de encontrar aquelas pessoas que me zoavam para esfregar meu rico dinheirinho na cara deles.
    Enfim, minha mãe preparou meu prato preferido para o jantar e depois me jogou a bomba.
    - Você vai pra Roma.
    - O que? – eu perguntei rindo, pois encarava aquilo como uma piada.
    - Eu quero que você passe uma temporada com sua avó antes de ir para a faculdade. Vai ser bom pra você.
    - Você tá brincando, né?! Eu espero todos os dias da minha vida pra me preparar pra faculdade e descubro que vou ter que ir pra Roma e deixar a faculdade pra depois.
    - Querida, você mudou muito o seu comportamento. Eu quero a garotinha de antes.
    - A GAROTINHA DE ANTES ERA UMA TAPADA QUE SÓ SABIA CHORAR PRA MAMÃE TODAS SUAS MAGOAS. SOU MAIS INDEPENDENTE.
    - É sim, mas...
    - EU NÃO VOU.
    - ESCUTA AQUI BROOKE. VOCÊ TEM 17 ANOS. AINDA É MENOR DE IDADE E VAI FAZER O QUE EU QUERO.
    Eu saí da mesa de jantar e fui para meu quarto, mas não adiantava chorar. Uma semana depois minha mãe me botou em um avião para eu chegar à Portugal. De Portugal, eu pegaria um trem para Milão e de lá eu pegaria um avião para Roma. Eu fiz uma longa viagem até Portugal, a mais cansativa da minha vida. Realmente ficar enfurnada em um avião indo para onde você não quer, não é nada agradável.
    Assim que cheguei, Portugal esbanjava Sol em sua terra, mas mesmo assim fazia frio. Ao sair do avião, uma brisa nada agradável passou pelo meu rosto e bagunçou meu cabelo como se fosse apenas para me irritar. Todos a minha volta pareciam querer me irritar, então eu apenas os ignorava. Peguei minha mochila grande e preta na esteira do aeroporto. Ela era inconfundível com todos os broches que coloquei nela. Eu peguei qualquer táxi que havia ali, pois como estava brava por minha mãe ter me colocado nessa “viagem de oportunidades”, não me importei de gastar o dinheiro dela.
    Fiz uma viagem de mais ou menos uma hora até a estação de trem de Lisboa. Lá eu procurei por algum trabalhador para pedir informações. Avistei uma mulher alta, loira e sorridente e ela me ajudou a achar onde eu deveria trocar o papel impresso, de confirmação da compra da viagem, pelo ticket da viagem. Aos poucos a estação de trem foi ficando cheia e eu tive que encarar uma pequena fila para pegar minha passagem. Assim que a peguei, me sentei em um banco na estação esperando pelo trem.
    Em questão de 20 minutos o trem chegou e eu entrei. Olhei o número da cabine no meu ticket e comecei a procurar pelo vagão. Entrei em minha cabine e ela estava vazia. A cabine era de um tamanho razoável. Havia dois bancos estofados com veludo vermelho dos dois lados da cabine. No teto, acima dos estofados tinha um compartimento de madeira para guardar bagagens e entre os estofados havia uma janela. A janela tinha uma moldura de madeira escura e o chão era coberto por um carpete também vermelho. Eu observava cada detalhe da cabine com desprezo, não por ser feio e desconfortável, mas por eu estar lá.
    Me sentei no banco estofado do lado esquerdo e deixei minha mochila ao meu lado. Fiquei encarando a parede a tendo como um ponto fixo, até que resolvi fazer algo de melhor. Abri minha bolsa que estava transpassada em mim e peguei lá um pequeno livro que eu havia comprado antes de viajar. Comecei a folhear o livro sem ao menos lê-lo, mas apenas para ter uma ideia de como o livro era. Enquanto fazia isso ouvi o som alto da voz de duas pessoas. Ambas pessoas entraram em minha cabine. Eu continuei encarando meu livro enquanto escutava a conversa:
    - Mas se precisar de mais alguma coisa é só me pedir. – disse uma voz adulta, mas um tanto fina.
    - Tá, eu já entendi. Agora vaza. – disse uma voz mais jovem e um tanto mais grossa que a adulta.
    - Com certeza tem uma maneira melhor de você pedir isso. – disse a voz adulta.
    - Me desculpe. Senhor, por favor... VAZA. – disse a voz mais jovem.
    - Está chegando lá. – ouvi a voz adulta que aos poucos se distanciava.
    Eu parei de encarar o livro e aos poucos fui levantando minha cabeça para ver quem havia ficado. Me deparei com um garoto estirado no sofá, ao lado de uma mochila e uma sacola de violão. Ele tinha cabelos loiros e curtos, que se encontravam em um penteado bagunçado. Ele era bem branco, usava óculos escuros e vestia roupas neutras. Ele olhava para a porta da cabine e depois começou a avaliar a cabine, até me reparar. Ele fez uma expressão surpresa e logo se levantou se sentando. Ele segurou seu óculos com uma das mãos e o abaixou um pouco para me olhar. Assim que percebi seus olhos cor de mel me avaliando, ele sorriu maliciosamente e colocou seus óculos no lugar de novo.
    Ele esticou seus braços no estofado e disse:
    - Talvez essa viajem realmente valha a pena.
    Fiz cara de taxo pra ele e voltei a encarar meu livro. Aquilo realmente foi a coisa mais ridícula que eu já havia escutado em toda a minha vida. A viagem já estava ruim, agora eu teria que aturar um desconhecido, rebelde, que ia ficar dando em cima de mim? OBRIGADA MÃE. Ouvi ele se mover no sofá e depois de suspirar ele disse:
    - Desculpa. Esse realmente não é o melhor jeito de conhecer as pessoas e nem de achar vantagem pra essa viajem.
    Ainda com raiva, fiz questão de não dar atenção a ele, pois quanto mais atenção eu dar, mais ele vai se achar. Ele estendeu sua mão para mim e disse:
    - Justin. – se apresentou.
    Continua...

Resposta aos comentários:

- @GirlsOf_Bieber: Haha ^^ Espero que gostee dessa #IB :)
- Belibers: Haha' Espero que goste da #IB floor!!! Haha' nossa. É acho que eles taxam todos os adolescêntes assim, mas...fazer o que né?! Bjuus :*
- Anônimo: Haha' obrigadaaa florzitaaa *-* Eu só sonho e...escrevo ^^ Muito, muito, muito obrigadaa floorziii (:
- Julliane Marani: Haha' UHULL o/ Espero. Realmente espero!! kkkkkkkkkkk' Não é nada floor. Espero que goste da história!!
- Isabella: Haha' realmentee é um gatinhoo ;) 
- SupportJDB__: Haha ^^ Acalme-se floor :)
- Jackeline | @BieberLooveBR | @fuckinperry: Ahhh legal!! Também fiquei na premium :D Sim, passou bem depressa, mas não me arrependo de ter gasto um centavo com isso!!! Eu também ^^